Investigação na 13ª Vara de Curitiba
O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a Polícia Federal (PF) a realizar diligências na 13ª Vara Federal de Curitiba, onde atuava o ex-juiz e atual senador Sergio Moro. Essa decisão ocorre após acusações feitas pelo ex-deputado Tony Garcia, delator no caso Banestado.
Segundo Garcia, Moro teria ordenado gravações ilegais de autoridades em 2004 como parte de um acordo de colaboração premiada. Entre os alvos estariam o então governador do Paraná, Beto Richa, e ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O ex-parlamentar afirmou ainda que há documentos na 13ª Vara que comprovariam suas declarações.
Contexto do Caso
O caso Banestado, conduzido nos anos 1990 e 2000, investigou um esquema bilionário de evasão de divisas e lavagem de dinheiro por meio de contas CC5, usadas para enviar recursos ilegalmente ao exterior. Garcia, que foi delator no processo, afirma ter atuado como “agente infiltrado” sob orientação de Moro, o que configuraria abuso de autoridade e violação de garantias legais.
As diligências autorizadas por Toffoli devem incluir a coleta e o exame de documentos físicos e digitais de processos conduzidos pela vara, epicentro da Operação Lava Jato por mais de uma década. O caso corre sob sigilo judicial.
Resposta de Moro
Moro nega as acusações e afirma que não teve acesso aos autos do inquérito. Ele classificou as declarações de Tony Garcia como “fantasiosas”. Em nota, o senador disse que não houve qualquer irregularidade no processo e que não tem preocupação alguma com o amplo acesso do STF aos processos em que atuou como juiz.
- A investigação na 13ª Vara de Curitiba é um desdobramento das acusações feitas por Tony Garcia.
- O caso Banestado é um exemplo de como a lavagem de dinheiro e a evasão de divisas podem ser combatidas por meio de investigações rigorosas.
- A colaboração premiada pode ser uma ferramenta útil na luta contra a corrupção, mas também pode ser objeto de abuso de autoridade.
A decisão de Toffoli é um passo importante para esclarecer as acusações feitas contra Moro e garantir a transparência e a justiça no caso. A investigação deve ser conduzida de forma imparcial e rigorosa para que a verdade seja revelada.
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