Controvérsia em Torno da Indicação de Jorge Messias para o STF
O líder do Partido Liberal (PL) na Câmara, Sóstenes Cavalcante, expressou sua oposição à possível indicação de Jorge Messias para ocupar a vaga deixada pelo ministro Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF). Barroso, que poderia permanecer na Corte até os 75 anos, optou por uma aposentadoria antecipada aos 67 anos.
Sóstenes argumentou que a indicação de Messias, que é evangélico e membro da Igreja Batista, não representa a maioria dos evangélicos, pois, segundo ele, os evangélicos de esquerda compõem apenas 5% da população evangélica. Isso levantou questões sobre a representatividade e a escolha baseada em critérios políticos e ideológicos.
Além de Sóstenes, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) também criticou a possível indicação, afirmando que Messias não está sendo considerado por sua filiação religiosa, mas sim por ser um jurista de esquerda e homem de confiança do presidente Lula. Ela destacou que ele é desconhecido do segmento evangélico, o que reforça a percepção de que a indicação pode ter motivações políticas.
Outros nomes estão sendo cotados para a vaga no STF, incluindo Bruno Dantas, ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), e Vinícius de Carvalho, ministro da Controladoria-Geral da União (CGU). No entanto, entidades da sociedade civil têm pressionado o presidente Lula a indicar uma mulher para a Corte, destacando a importância da diversidade e representação no STF.
- Jorge Messias é atualmente o advogado-geral da União, na Advocacia-Geral da União (AGU).
- A indicação de Messias seria a terceira feita pelo presidente Lula para o STF desde 2023.
- Anteriormente, Cristiano Zanin e Flávio Dino foram indicados e aprovados pelo Senado.
A controvérsia em torno da indicação de Messias reflete as tensões políticas e ideológicas presentes no cenário brasileiro, especialmente no que diz respeito à composição do STF e à representação de diferentes segmentos da sociedade.
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