O Dólar em 2026: Um Ano de Incertezas
O ano de 2025 entrou para a história como o ano com a maior desvalorização do dólar desde a década de 1970. No entanto, segundo Arthur Wichmann, CIO da XP, é improvável que o dólar tenha o mesmo desempenho em 2026. Para que o dólar caia novamente, algo precisa quebrar, afirma Wichmann.
Na leitura do executivo, o dólar pode continuar se enfraquecendo gradualmente, mas uma queda tão forte quanto em 2025 exigiria um cenário muito mais extremo. “Eu tenho dificuldade de ver o dólar perdendo mais 12% em seis meses e nada acontecer”, afirmou Wichmann. Uma desvalorização dessa magnitude só faria sentido se houvesse algum tipo de crise relevante, capaz de colocar em xeque o papel do dólar como reserva de valor global.
Riscos e Incertezas
Um dos riscos na mesa para o ano que vem é a sucessão de Jerome Powell à frente do Fed, em meio a uma forte pressão do governo Trump pelo controle do colegiado. Além disso, a desconfiança em relação à institucionalidade dos Estados Unidos como um todo pode continuar a afetar o dólar.
No entanto, Wichmann pondera que há limites para esse risco, o que ajuda a explicar por que as expectativas de inflação de longo prazo seguem relativamente bem ancoradas. “Mudar a institucionalidade de um banco central não é trivial”, afirmou. Mesmo com a indicação de um chairman mais alinhado politicamente ao presidente, o CIO lembra que o Comitê Federal de Mercado Aberto conta com 12 membros votantes.
O Futuro do Dólar
Para Wichmann, testar o limite da institucionalidade do Fed seria um erro com consequências relevantes. “Toda vez que você avança sobre a instituição, você coloca em risco algo ainda maior, que é a estabilidade da moeda”, afirmou. Por isso, ele não acredita que o dólar perca força de maneira repentina – ao menos não mais do que em 2025 – e que a tendência é um mundo polimonetário, em que diferentes moedas ganham mais força.
Além disso, o executivo destaca que a inteligência artificial (IA) é um setor que deve continuar ganhando força apesar dos solavancos recentes em alguns papéis. “No horizonte de cinco anos, eu não tenho a menor dúvida de que a criação de valor da inteligência artificial vai ser enorme, não só nas empresas diretamente ligadas a ela”, afirmou.
- O dólar pode continuar se enfraquecendo gradualmente em 2026.
- Uma queda tão forte quanto em 2025 exigiria um cenário muito mais extremo.
- A inteligência artificial é um setor que deve continuar ganhando força.
Em resumo, o futuro do dólar em 2026 é incerto, mas é improvável que ele tenha o mesmo desempenho de 2025. A tendência é um mundo polimonetário, em que diferentes moedas ganham mais força, e a inteligência artificial é um setor que deve continuar ganhando força.
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