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Ibovespa sobe 1,67% e supera 164 mil pontos em mais um dia de recordes: o que animou?

Resumo do Desempenho do Ibovespa

O Ibovespa fechou com uma alta de 1,67% e atingiu 164.455,61 pontos, superando o recorde anterior de 161.755,18 pontos. Essa alta foi impulsionada por uma combinação de fatores, incluindo a expectativa de queda dos juros nos EUA e no Brasil.

De acordo com analistas, o ambiente levemente positivo no exterior, devido à expectativa de um novo corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) nos EUA, contribuiu para a valorização do Ibovespa. Além disso, a expectativa de afrouxamento monetário pelo Banco Central brasileiro na próxima quarta-feira também estimulou o mercado.

Fatores que Influenciaram o Desempenho do Ibovespa

  • Expectativa de queda dos juros nos EUA e no Brasil
  • Avanço moderado das bolsas de Nova York e do petróleo no exterior
  • Recuo do minério de ferro em Dalian, na China
  • Expectativa de afrouxamento monetário pelo Banco Central brasileiro
  • Realocação global de ativos, com saldo de capital externo positivo na bolsa paulista

Os analistas também destacaram que a alta do PIB do terceiro trimestre, embora um pouco abaixo da esperada, reforçou a expectativa de início do ciclo de cortes da Selic. Além disso, a manutenção da Selic em 15% ao ano na próxima semana é esperada, o que pode contribuir para a continuação da alta do Ibovespa.

Em resumo, o desempenho do Ibovespa foi influenciado por uma combinação de fatores, incluindo a expectativa de queda dos juros, o avanço das bolsas de Nova York e do petróleo, e a realocação global de ativos. Com a expectativa de afrouxamento monetário e a manutenção da Selic, o Ibovespa pode continuar a subir nos próximos dias.

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Bolsa pregão

O Ibovespa teve uma nova sessão de fortes ganhos e recordes, com quase todas as 82 ações da carteira em alta.

O índice fechou hoje com alta de 1,67%, aos 164.455,61 pontos, um ganho de 2.708,36 pontos, o que também configura o maior patamar de fechamento da história, superando o patamar atingido ontem, de 161.755,18 pontos.

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Já de início do dia, os agentes financeiros se depararam com o Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre, informado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com taxa menor do que a esperada, reforçando apostas de queda da Selic em breve.

“Há um apetite por risco renovado”, diz Bruna Sene, analista de renda variável da Rico, ao referir-se ao ambiente levemente positivo no exterior, devido à expectativa de um novo corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) na quarta-feira que vem nos EUA.

A valorização aqui reflete o avanço moderado das bolsas de Nova York e do petróleo no exterior. O contraponto é o recuo do minério de ferro em Dalian, na China.

O bom humor foi praticamente generalizado, diante da expectativa de queda dos juros nos EUA na semana que vem e indicação de afrouxamento monetário pelo Banco Central brasileiro na decisão também da próxima quarta-feira, o que estimula fluxo de estrangeiros, principalmente.

Com o Índice Bovespa acima do nível atual, a indicação é de que tem forças para ir além, avalia Kevin Oliveira, sócio e advisor da Blue3. Hoje, diz, tem o estímulo do PIB do terceiro trimestre. Nos próximos dias, a tendência é que isso continue devido à sazonalidade. Terminar até 171 mil pontos é factível”, avalia.

Quanto ao quadro interno, Bruna Sene cita a alta do PIB do terceiro trimestre um pouco abaixo da esperada pelo mercado, o que reforça a expectativa pelo início do ciclo de cortes da Selic. “O mercado ficará bastante atento ao comunicado do Copom na semana que vem, para ver quando as quedas dos juros começarão”, afirma. Para o encontro da próxima semana, espera-se manutenção da Selic em 15% ao ano.

Nos EUA, saíram os pedidos de auxílio-desemprego semanais, reforçando mercado de trabalho aquecido, o que deixa os índices de ações com taxas moderadas em Nova York, após ontem a pesquisa ADP do setor privado mostrar fechamento de vagas.

De todo modo, as apostas são de que o Fed promoverá novo corte dos juros na quarta-feira que vem. “A expectativa de uma nova queda de 0,25 ponto porcentual na semana que vem tem aliviado a curva de juros brasileira há alguns dias. Isso também estimula o Ibovespa”, diz Oliveira, da Blue3.

Divulgado pela manhã, o PIB brasileiro cresceu 0,1% no terceiro trimestre ante o anterior. O resultado ficou aquém da mediana de 0,2% das estimativas, que iam de recuo de 0,5% a alta de 0,4%. Na comparação com o terceiro trimestre de 2024, houve crescimento de 1,8%, acima da mediana de 1,7% das expectativas. Os juros futuros e o dólar ante o real reagem em baixa.

Na visão da economista-chefe da InvestSmart XP, Mônica Araújo, os números mostram que a política monetária restritiva está impactando o crescimento doméstico, mesmo que de forma mais lenta que o Banco Central esperava.

“Importante destacar que esse dado em conjunto com outros que mostram alguma desaceleração de demanda doméstica configuram um cenário estrutural que pode permitir que a partir de março de 2026 seja possível iniciar o processo de flexibilização da taxa Selic pelo comitê de política monetária”, afirmou.

Na curva de juros, contudo, as apostas embutiam uma possibilidade de mais de 80% de o BC reduzir a Selic em 0,25 ponto percentual em janeiro. No final da quarta-feira, era 78%. A pesquisa Focus vem mostrado há semanas previsão de Selic a 14,75% em janeiro ante os 15% ao ano atuais.

Estrategistas também têm citado uma realocação global de ativos, que se traduz na bolsa paulista em saldo de capital externo positivo em cerca de R$ 27,7 bilhões no ano. Nos dois primeiros pregões de dezembro, houve entrada líquida de R$311 milhões, após saldo positivo de mais de R$2 bilhões em novembro.

De olho na reforma do Imposto de Renda que entra em vigor no próximo ano, empresas também têm antecipado anúncio sobre pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio, em mais um suporte para o “rali” de final de ano na bolsa paulista. Em quatro pregões, o Ibovespa já sobe mais de 3% em dezembro.

De acordo com o especialista em renda variável da Manchester Investimentos Rubens Cittadin Neto, a bolsa segue embalada pelas apostas de queda de juros nos EUA, enquanto, no Brasil, ganha força a previsão para janeiro. E, acrescentou, ainda há empresas pagando dividendos maiores para fugir da tributação.

(com Reuters e Estadão Conteúdo)

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