Condenação Histórica: Homem que Sentou na Cadeira de Moraes durante 8/1 Recebe 14 Anos de Cadeia
O homem que viralizou nas redes sociais após sentar na cadeira do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, durante os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, foi condenado a 14 anos de cadeia. Aildo Francisco Lima foi sentenciado por cinco crimes, incluindo abolição violenta do Estado democrático de direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado, deterioração do Patrimônio tombado e associação criminosa armada.
A defesa de Aildo contestou a veracidade do vídeo usado como prova no processo, argumentando que não correspondia à versão original da gravação. No entanto, o próprio Aildo reconheceu a autoria do material, embora tenha negado qualquer postagem dele na web. No vídeo, Aildo aparece sentado na cadeira do ministro Moraes, dizendo: “Aê, pessoal, essa daqui é a cadeira do Xandão. Por***, agora eu sou um ministro da Corte. Vamos lá, c****”.
Julgamento Histórico
Os ministros do STF concluíram os julgamentos da trama golpista e classificaram o momento como “histórico”. A Primeira Turma encerrou a análise das acusações contra o núcleo 2, conhecido como “núcleo estratégico”, com a condenação de cinco dos seis réus. Um ministro ouvido reservadamente considerou que este foi “um dos poucos julgamentos no mundo envolvendo civis e militares em razão de uma trama golpista”.
A ministra Cármen Lúcia destacou o papel do Supremo na defesa da democracia, apesar das críticas e das tentativas de constrangimento do tribunal. Ela afirmou que o STF deu um testemunho de “empenho e dedicação à democracia brasileira e ao compromisso com as competências que nos são atribuídas pela Constituição”.
- A condenação de Aildo Francisco Lima é um exemplo da resposta do Estado brasileiro às tentativas de agressão às instituições democráticas.
- O julgamento da trama golpista é considerado histórico e demonstra o compromisso do STF com a defesa da democracia.
- A condenação de autoridades envolvidas em uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022 é inédita na história do Brasil.
O ministro Flávio Dino, presidente da Turma, também afirmou que o STF continuará contendo abusos “venham de onde vierem” e criticou tentativas de “acanhar” ou “diminuir” a atuação da Corte. O ministro Alexandre de Moraes, relator das ações penais, fez um apanhado numérico dos processos e dos detalhes que cercaram a análise do caso ao longo do último ano.
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