Impacto da Decisão do Fed nas Taxas dos DIs

As taxas dos DIs (Derivativos de Índice) subiram após a decisão do Federal Reserve (Fed) de cortar a taxa de juros em 25 pontos-base, mas colocar em dúvida uma nova redução em dezembro. Essa mudança de expectativa influenciou diretamente os mercados financeiros, tanto nos EUA quanto no Brasil.

No Brasil, as taxas dos DIs fecharam a sessão em alta, com a taxa do DI para janeiro de 2028 alcançando 13,175%, uma elevação de 5 pontos-base em relação ao ajuste anterior. Já a taxa para janeiro de 2035 marcava 13,62%, com um aumento de 8 pontos-base. Essas variações refletem a reação do mercado às declarações do Fed, que sinalizaram uma possível pausa na redução das taxas de juros.

Decisão do Fed e Impacto nos Mercados

A decisão do Fed foi influenciada pela paralisação do governo dos EUA, que reduziu a disponibilidade de indicadores econômicos. Além disso, a decisão de encerrar a redução do balanço patrimonial do Fed, que atualmente é de US$6,6 trilhões, também foi um fator importante. Essa medida visa normalizar a liquidez disponível no mercado monetário.

Os rendimentos dos Treasuries, especialmente o de dois anos, dispararam após a decisão do Fed, refletindo a percepção de que um novo corte de juros em dezembro não está garantido. A ferramenta CME FedWatch, que monitora as expectativas de mercado, mostrou uma redução significativa na probabilidade de um corte de 25 pontos-base dos juros nos EUA em dezembro, passando de 87,3% para 63,4% após o anúncio.

No Brasil, essa percepção deu força às taxas dos DIs, que subiram em vários vencimentos. A curva brasileira precificou 98% de probabilidade de manutenção da taxa Selic em 15% ao ano na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.

• A taxa do DI para janeiro de 2028 atingiu 13,170% após a decisão do Fed.
• O rendimento do Treasury de dois anos disparou 12 pontos-base, a 3,61%.
• O retorno do Treasury de dez anos subiu 9 pontos-base, a 4,072%.

Em resumo, a decisão do Fed de manter a taxa de juros com uma possível pausa na redução influenciou significativamente os mercados financeiros, tanto nos EUA quanto no Brasil, com as taxas dos DIs subindo em resposta às novas expectativas.

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