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Stone e PagBank em queda: oportunidade de compra ou armadilha de valor?

Stone e PagBank em Queda: Oportunidade de Compra ou Armadilha de Valor?

Desde a divulgação dos resultados do terceiro trimestre de 2025, as empresas de meios de pagamento brasileiras Stone e PagBank têm chamado atenção do Bradesco BBI devido aos níveis atrativos de valuation após uma forte correção. A Stone, por exemplo, caiu 17% desde a publicação do balanço.

Para o Bradesco BBI, o movimento reflete principalmente preocupações com a desaceleração do crescimento de volumes e com o avanço da concorrência. Diante desse cenário, o banco afirma ter recebido inúmeras perguntas de investidores sobre se essas ações representam oportunidades de compra ou armadilhas de valor.

Apesar dos sinais de enfraquecimento de volumes, que sugerem desaceleração no quarto trimestre de 2025 e continuidade em 2026, o BBI enxerga mais potencial de alta do que de baixa para as duas empresas nos níveis atuais. Isso se deve ao fato de que as empresas negociam a múltiplos P/L ajustados baixos, de 6,1 vezes para a Stone e 5,5 vezes para o PagBank, o que sugere menor risco de queda frente ao potencial de alta em um cenário positivo.

  • A Stone negocia a um múltiplo P/L ajustado de 6,1 vezes, um dos níveis mais baixos da série histórica.
  • O PagBank negocia a 5,5 vezes, também entre os níveis mais baixos da série histórica.
  • Os múltiplos baixos sugerem menor risco de queda e maior potencial de alta em um cenário positivo.

Além disso, mesmo que os múltiplos permaneçam nos patamares atuais, investidores ainda teriam retorno próximo de 10% em crescimento de lucro e dividend yield ao redor de 10%, mantendo exposição a possíveis reclassificação das ações. A equipe do BBI prefere a Stone principalmente porque o prêmio em relação ao PagBank está em torno de 7%, abaixo da média histórica de 15%.

Após ajustar o lucro líquido projetado para 2026, o BBI analisou os múltiplos de ambas as empresas considerando dividendos e programas de recompra já anunciados. No caso da Stone, foram descontados R$ 3,2 bilhões em dividendos, R$ 679 milhões de benefício fiscal e R$ 823 milhões do programa remanescente de recompra, com um P/L ajustado de 6,2 vezes.

No PagBank, foram descontados R$ 1,4 bilhão em dividendos já anunciados para 2026 e R$ 907 milhões do programa remanescente de recompra, com um P/L ajustado de 5,7 vezes. O banco estima também R$ 1,6 bilhão em capital excedente para o PagBank após o término da recompra, o que implicaria dividend yield de 9,6% e um novo múltiplo de 5,1 vezes P/L.

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Stone

Desde a divulgação dos resultados do terceiro trimestre de 2025, as empresas de meios de pagamento brasileiras Stone e PagBank, negociadas no mercado americano, têm chamado atenção do Bradesco BBI, sobretudo pelos níveis atrativos de valuation após uma forte correção. A Stone, por exemplo, caiu 17% desde a publicação do balanço.

Para o Bradesco BBI, o movimento reflete principalmente preocupações com a desaceleração do crescimento de volumes e com o avanço da concorrência. Diante desse cenário, o banco afirma ter recebido inúmeras perguntas de investidores sobre se essas ações representam oportunidades de compra ou armadilhas de valor.

Mesmo com sinais de enfraquecimento de volumes, que já sugerem desaceleração no quarto trimestre de 2025 e continuidade em 2026, o BBI enxerga mais potencial de alta do que de baixa para as duas empresas nos níveis atuais, mesmo após ajustar as projeções de lucro líquido para baixo em 2026 e 2027.

Segundo estimativas, a Stone negocia a um múltiplo P/L (preço sobre lucro) ajustado de 6,1 vezes e o PagBank a 5,5 vezes, entre os níveis mais baixos da série histórica. Na avaliação dos analistas, isso sugere menor risco de queda frente ao potencial de alta em um cenário positivo, no qual as empresas poderiam capturar os efeitos esperados de juros menores e também passar por uma reprecificação.

Além disso, mesmo que os múltiplos permaneçam nos patamares atuais, investidores ainda teriam retorno próximo de 10% em crescimento de lucro e dividend yield (dividendo sobre o preço da ação) ao redor de 10%, mantendo exposição a possíveis reclassificação das ações. No cenário atual, embora a equipe goste dos dois papéis, a preferência é por Stone principalmente porque o prêmio em relação ao PagBank está em torno de 7%, abaixo da média histórica de 15%.

Após ajustar o lucro líquido projetado para 2026 para R$ 2,8 bilhões na Stone e R$ 2,5 bilhões no PagBank, o que implica múltiplos P/L de 7,9 vezes e 6,7 vezes, respectivamente, o BBI analisou os múltiplos de ambas as empresas considerando dividendos e programas de recompra já anunciados.

No caso da Stone, foram descontados: R$ 3,2 bilhões em dividendos provenientes do caixa gerado pela venda de software, R$ 679 milhões de benefício fiscal de ágio em valor presente líquido (VPL) e R$ 823 milhões do programa remanescente de recompra, com um P/L ajustado de 6,2 vezes. O banco espera ainda que a companhia anuncie cerca de R$ 2 bilhões em distribuição de capital no balanço do quarto trimestre de 2025, após o fim da recompra restante, o que implicaria dividend yield de 9,1% e um novo múltiplo de 5,5 vezes.

No PagBank, foram descontados R$ 1,4 bilhão em dividendos já anunciados para 2026 e R$ 907 milhões do programa remanescente de recompra, com um P/L ajustado de 5,7 vezes. O banco estima também R$ 1,6 bilhão em capital excedente para o PagBank após o término da recompra, o que implicaria dividend yield de 9,6% e um novo múltiplo de 5,1 vezes P/L.

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