Sinalização de Veto a Emendas Gera Incômodo no Congresso
A recente sinalização do Palácio do Planalto de que pretende recomendar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva o veto ao trecho aprovado pelo Congresso que permitiria a revalidação de cerca de R$ 1,9 bilhão em restos a pagar de emendas parlamentares tem gerado desconforto e reações divergentes entre governistas, Centrão e oposição.
O veto, que ainda não foi formalizado, já gerou ruído político, especialmente entre parlamentares que participaram da negociação do dispositivo. O trecho em questão foi incluído durante a tramitação do projeto do governo que reduz em 10% as renúncias fiscais e já está suspenso por decisão liminar do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Reações no Congresso
Parlamentares do Centrão expressaram irritação com o que classificam de quebra de compromisso, afirmando que o governo esteve representado nas negociações que viabilizaram a aprovação do trecho. A leitura predominante é que o Planalto tentou transferir ao Congresso o desgaste político.
Deputados como Cláudio Cajado (PP-BA) e Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) destacaram a importância da decisão do Congresso e a necessidade de respeitar os acordos feitos. Já o deputado Rogério Correia (PT-MG) afirmou que o dispositivo foi incluído sem o conhecimento da bancada do PT e que a decisão de veto busca conter danos e evitar a reabertura de mecanismos ligados ao antigo orçamento secreto.
Análise da Situação
- A sinalização de veto pode gerar novo desgaste na relação entre o Executivo e o Legislativo, que já está tensionada devido a atrasos na liberação de emendas.
- A decisão liminar do ministro Flávio Dino sustentou que a revalidação de restos a pagar equivale à criação de nova autorização de gasto sem respaldo em lei orçamentária vigente.
- A oposição tem avaliações internas fragmentadas sobre a sinalização de veto, com alguns deputados defendendo a decisão e outros criticando a medida.
Em resumo, a sinalização de veto a emendas parlamentares tem gerado incômodo no Congresso e reações divergentes entre governistas, Centrão e oposição. A decisão final do presidente Lula da Silva sobre o veto ainda é aguardada, e o tema pode voltar ao Congresso caso o veto seja confirmado.
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