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Risco Trump derruba dólar e impulsiona euro; entenda o que está em jogo

Risco Trump e Seus Efeitos Globais

O mercado global está sentindo os efeitos do “risco Trump”, que pode se tornar um dos principais vetores de volatilidade nos próximos meses. O dólar perdeu força e o euro atingiu o maior patamar desde 2021, devido a dúvidas sobre a condução da política monetária nos Estados Unidos e a possibilidade de maior interferência política no Federal Reserve.

Dois fatores contribuíram para essa situação: indicadores do mercado de trabalho americano que abriram espaço para cortes de juros pelo Fed e a política tarifária de Donald Trump, que reacendeu receios sobre a credibilidade da moeda americana. A combinação de juros em queda e risco de ingerência política enfraquece o dólar e desloca capital para outras geografias.

Leitura dos Riscos Geopolíticos

Aurélio Bicalho, economista-chefe e sócio da Vinland Capital, analisou o tema em entrevista ao Stock Pickers. Ele destacou que parte do mercado reage de forma mais dura às tarifas de Trump do que à escalada geopolítica recente. Bicalho também mencionou que a ausência dos Estados Unidos como “polícia do mundo” durante o governo Biden abriu espaço para tensões globais.

Ele ressaltou que o perigo está mais nos movimentos de países como China, Rússia, Irã e Coreia do Norte do que nas tarifas de Trump. No entanto, o retorno de Trump ao protagonismo, ainda que com medidas controversas, teria reduzido parte da incerteza geopolítica imediata.

Efeitos nos Fluxos de Capitais

Do ponto de vista dos investidores, o dólar mais fraco combinado a um alívio relativo no campo geopolítico cria condições para redirecionar recursos a ativos de risco fora dos EUA, especialmente em mercados emergentes. Isso explica a valorização do euro e a reabertura de espaço para diversificação de alocação global.

No Brasil, a bolsa tem renovado recordes históricos, mesmo diante de incertezas fiscais e políticas. O mercado parece antecipar não os ruídos imediatos, mas uma eventual transição de governo em 2026, aproveitando o “carrego” positivo até lá.

Reflexos no Brasil

Bicalho ressalta que o nó brasileiro continua sendo fiscal. O país avançou em instituições importantes, como a autonomia do Banco Central, mas não conseguiu garantir crescimento sustentado. Programas subsidiados em excesso, alta da dívida pública e aumento da carga tributária sem contrapartidas claras seguem sendo entraves.

Em resumo, enquanto o “risco Trump” pressiona o dólar e fortalece o euro no curto prazo, o Brasil continua preso a velhas discussões internas que limitam sua competitividade em comparação a outros emergentes.

  • O dólar perdeu força devido a dúvidas sobre a condução da política monetária nos EUA.
  • O euro atingiu o maior patamar desde 2021.
  • A política tarifária de Trump reacendeu receios sobre a credibilidade da moeda americana.

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