Recompras, subclasses de cotas: CVM propõe reforma estrutural de fundos imobiliários
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu uma consulta pública para discutir uma proposta de reforma ampla no marco regulatório dos fundos de investimento imobiliário (FIIs). A proposta visa modernizar o funcionamento dos FIIs e alinhar suas normas às de outras categorias de fundos, mantendo a proteção ao investidor.
Os principais pontos da proposta incluem:
- Permitir que FIIs que investem exclusivamente em títulos de dívida imobiliária emitam cotas sênior, mezanino e subordinada, com diferentes níveis de risco e retorno.
 - Permitir que FIIs invistam diretamente em direitos creditórios imobiliários, hoje restritos aos Fiagros.
 - Aumentar a transparência e padronizar as ofertas públicas voluntárias de aquisição de cotas (OPAC).
 - Permitir que fundos possam recomprar cotas próprias negociadas abaixo do valor patrimonial, com cancelamento imediato.
 - Ajustar o quórum mínimo exigido para assembleias e quóruns de deliberação.
 - Reduzir o percentual mínimo de cotas necessário para incluir na pauta de assembleia a eleição de representantes.
 - Redefinir papéis e responsabilidades entre administrador e gestor.
 - Modernizar o regime informacional, tornando mais flexíveis as informações e relatórios.
 
A CVM acredita que essas mudanças podem reduzir distorções de preço, dar previsibilidade aos investidores e reforçar a governança e a transparência dos FIIs. A consulta pública ficará aberta até 30 de janeiro de 2026, e as sugestões podem ser enviadas para o e-mail conpublicasdm0625@cvm.gov.br.
A proposta da CVM é um passo importante para modernizar o marco regulatório dos FIIs e torná-los mais atraentes para os investidores. Com mais de 2,8 milhões de pessoas físicas investindo em FIIs, é fundamental que as regras sejam claras e transparentes para proteger os investidores e promover a confiança no mercado.
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