Messias Mobiliza Aliados no Senado
O advogado-geral da União, Jorge Messias, iniciará nos próximos dias uma corrida para consolidar apoios no Senado, onde precisará do voto favorável de ao menos 41 parlamentares para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). O plano traçado pelo governo combina articulação política conduzida por Jaques Wagner, líder do governo na Casa, e o apelo religioso para ampliar a adesão ao seu nome.
Messias, que é evangélico, deve contar com o apoio de senadores evangélicos e da bancada feminina para conquistar votos da oposição. A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) será responsável por apresentar Messias às senadoras e às lideranças religiosas, reforçando o perfil de fé e moderação que o governo quer associar ao futuro ministro.
Estratégia de Aprovação
A estratégia central de Wagner e Eliziane é apresentar Messias como um perfil conciliador, capaz de preservar a independência do Supremo sem romper os canais institucionais com o Executivo. A combinação de solidez jurídica, discurso cristão e moderação política é vista como o caminho para vencer a sabatina.
Além de obter maioria simples na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o indicado precisará conquistar 41 votos favoráveis em plenário. A votação é secreta, o que abre margem para surpresas e faz com que o governo trate a operação com cautela.
Desafios e Oportunidades
A indicação de Messias marca a terceira escolha de Lula para o Supremo desde o início do mandato. O governo enxerga na aprovação do nome uma oportunidade de consolidar influência na Corte e, ao mesmo tempo, enviar um sinal de aproximação ao eleitorado evangélico.
Os últimos indicados por Lula sofreram resistência da direita no Senado, mas acabaram sendo aprovados. Flávio Dino teve 47 votos favoráveis e 31 contrários no plenário da Casa, já o ex-advogado de Lula, Cristiano Zanin, teve uma margem maior, com 58 votos favoráveis e 18 contrários.
- Messias precisa de 41 votos favoráveis em plenário para ser aprovado.
- A votação é secreta, o que abre margem para surpresas.
- O governo trata a operação com cautela devido à possibilidade de resistência da oposição.
Este conteúdo pode conter links de compra.
Fonte: link