Investimentos em Inteligência Artificial: UBS Descarta Risco de Bolha
O mercado financeiro tem debatido sobre a possibilidade de uma bolha nos investimentos em inteligência artificial (IA), mas o UBS Global Wealth Management não compartilha dessa preocupação. De acordo com Ronaldo Patah, estrategista do UBS, as empresas globais que investem em IA têm um desempenho forte e apresentam oportunidades de crescimento real de vendas e lucros.
Ele destaca que, diferente da bolha pontocom dos anos 1990 e 2000, as empresas de tecnologia atuais são grandes, lucrativas e têm um crescimento real de vendas e lucros. Além disso, as big techs têm um problema “bom”: não conseguem atender toda a demanda por infraestrutura de IA, o que justifica os investimentos multibilionários na área.
- As quatro maiores empresas de tecnologia devem investir cerca de US$ 460 bilhões em data centers, nuvem, chips e capacidade de processamento em 2025.
- O ciclo de investimentos em infraestrutura de IA começou há menos de dois anos e segue acelerando.
- Os executivos de bancos como Goldman Sachs e Morgan Stanley já sinalizaram que é natural esperar alguma correção nos próximos 12 a 24 meses.
Rodrigo Sgavioli, head de alocação da XP, concorda que a inteligência artificial ainda está longe de um ponto de saturação na economia real. Ele destaca que a discussão passa a ser o quanto as expectativas de lucros futuros já estão embutidas nos preços das ações.
No que diz respeito à alocação de carteira, a XP mantém participação relevante em multimercados e ativos globais, e aumentou a exposição a renda variável doméstica no segundo semestre. A projeção de valor justo do Ibovespa foi revisada de 185 mil para 220 mil pontos, considerando queda gradual da taxa de juros real e manutenção dos fundamentos das empresas.
Em resumo, o UBS e a XP não veem risco de bolha nos investimentos em IA e mantêm confiança nas empresas globais que investem na tendência. A XP também destaca a importância de persistência na exposição à bolsa, sobretudo quando “tudo parece ruim”, e vê oportunidades em áreas historicamente beneficiadas por cortes de juros, como o setor imobiliário e os bancos.
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