Análise da Hapvida (HAPV3): Despenca no Ano, Há Chance de Reação?

A Hapvida (HAPV3) está passando por um dos momentos mais críticos desde sua Oferta Pública Inicial (IPO). As ações da empresa despencaram 42,21% em um único pregão, eliminando cerca de R$ 7 bilhões em valor de mercado. Isso foi desencadeado pelo fraco resultado do 3T25, que trouxe uma queda de 20% no Ebitda ajustado, sinistralidade muito acima do esperado, aumento de provisões e indicadores operacionais que frustraram amplamente o mercado.

As casas de análise rapidamente revisaram suas projeções. O JPMorgan cortou a recomendação para neutra e reduziu o preço-alvo de R$ 52 para R$ 39. O BB Investimentos seguiu a mesma linha, e o BTG Pactual, embora mantenha a recomendação de compra, também ajustou o preço-alvo de R$ 67 para R$ 50. A visão predominante agora aponta desafios prolongados em 2026, com margens fragilizadas e competição mais dura, liderada pela postura agressiva da Amil no Sudeste.

• Os analistas destacam problemas estruturais persistentes, como sinistralidade elevada, custos crescentes com novas unidades, volatilidade judicial, Ebitda estagnado por oito trimestres, perda de market share no Sudeste e ausência de crescimento orgânico.
• A empresa não adicionou novas vidas em 2025, enquanto o setor expandiu em 1,2 milhão.
• Com margens que antes se projetavam acima de 17% e hoje giram em torno de 14%, parte do mercado já enxerga HAPV3 como um potencial “value trap”, um papel aparentemente barato, mas cercado de riscos relevantes e execução questionável.

No gráfico, a pressão vendedora permanece absoluta. HAPV3 rompeu suportes importantes, marcou mínima histórica em R$ 16,75 e fechou a última sessão a R$ 17,00 (-5,56%). Em novembro, acumula queda de 45,65%, e no ano o tombo chega a 49,18%, refletindo a dimensão do movimento. O IFR (14) em 20,15 indica sobrevenda, mas sem qualquer sinal de reação técnica até agora.

Para entender até onde as ações da Hapvida (HAPV3) podem ir, é importante analisar os principais pontos de suporte e resistência. No curto prazo, o cenário segue amplamente vendedor, com risco de novas mínimas caso a pressão persista. No médio prazo, a tendência de baixa permanece bem definida, e a recuperação dependerá da superação da máxima da semana em R$ 19,07.

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