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Fome atinge 6,4 milhões de brasileiros, menor número já registrado desde 2004

Fome no Brasil: Um Problema em Declínio, mas Ainda Prevalente

A fome, uma realidade dura para muitas famílias brasileiras, atingiu 6,4 milhões de pessoas em 2024, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PnadC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este número é o menor já registrado desde 2004, quando a série histórica do instituto começou.

Em comparação com o ano anterior, 2023, houve uma redução significativa no número de pessoas afetadas pela fome, passando de 8,6 milhões para 6,4 milhões. Isso representa uma diminuição de 2,2 milhões de pessoas que deixaram a situação de insegurança alimentar grave.

Os dados também mostram que a insegurança alimentar está diretamente relacionada à renda. Entre os lares que passavam por insegurança alimentar grave, 71,9% tinham responsáveis que ganhavam até um salário mínimo. Além disso, a pesquisa destaca a importância dos programas sociais, como os de transferência de renda e os diretamente relacionados à alimentação, como os de merenda escolar, para reduzir a insegurança alimentar nas famílias.

Os lares chefiados por negros e mulheres são os mais vulneráveis à insegurança alimentar. De acordo com a pesquisa, 70,4% dos domicílios com algum tipo de insegurança alimentar tinham pessoas negras como responsáveis, e 59,9% dos lares com insegurança alimentar tinham mulheres como responsáveis.

As regiões Norte e Nordeste do país apresentam as maiores proporções de qualquer tipo de privação alimentar, com 37,7% e 34,8%, respectivamente. Além disso, as áreas rurais são mais atingidas (31,3%) do que as zonas urbanas (23,2%).

Os critérios de segurança alimentar utilizados pela PnadC classificam os lares de acordo com a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia), que define quatro níveis de insegurança alimentar: leve, moderada, grave e segurança alimentar.

  • Segurança alimentar: A família/domicílio tem acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais.
  • Insegurança alimentar leve: Preocupação ou incerteza quanto acesso aos alimentos no futuro; qualidade inadequada dos alimentos resultante de estratégias que visam não comprometer a quantidade de alimentos.
  • Insegurança alimentar moderada: Redução quantitativa de alimentos entre os adultos e/ou ruptura nos padrões de alimentação resultante da falta de alimentos entre os adultos.
  • Insegurança alimentar grave: Redução quantitativa de alimentos também entre as crianças, ou seja, ruptura nos padrões de alimentação resultante da falta de alimentos entre todos os moradores, incluindo as crianças.

Em resumo, embora a fome ainda seja um problema prevalente no Brasil, os dados mostram uma tendência de declínio, com a redução do número de pessoas afetadas pela insegurança alimentar grave. No entanto, é fundamental continuar trabalhando para reduzir a insegurança alimentar, especialmente entre os grupos mais vulneráveis, como os lares chefiados por negros e mulheres.

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