Decisão de Toffoli sobre Retomada Extrajudicial de Veículos é Questionada
A recente decisão do ministro Dias Toffoli, que considerou inconstitucional a atuação dos Departamentos Estaduais de Trânsito (Detrans) na retomada extrajudicial de veículos, tem gerado debate entre especialistas. A medida, prevista no Marco Legal de Garantias, permitia que os Detrans realizassem a retomada de veículos sem a necessidade de intervenção judicial, o que poderia representar menos risco para o crédito e, consequentemente, taxas de financiamento mais baixas.
Segundo Renata Herani, cientista política e diretora de Relações Institucionais, Comunicação e Marketing da Tecnobank, a escolha dos Detrans como agentes na retomada extrajudicial de bens se baseia na lógica de que o órgão participa de todo o registro do bem e já possui o histórico necessário para a execução. Isso poderia simplificar o processo, considerado burocrático, e trazer benefícios para as instituições financeiras e os consumidores.
As vantagens da atuação dos Detrans nos processos incluem a redução do risco e do custo do crédito, pois um processo mais célere e barato para a retomada do bem torna a oferta de crédito menos arriscada e menos complicada. Além disso, os credores poderiam oferecer melhores condições, com entradas e parcelas mais acessíveis, como ocorre em vários países da Europa.
- Redução do risco e do custo do crédito;
- Processo mais célere e barato para a retomada do bem;
- Oferta de crédito menos arriscada e menos complicada;
- Melhores condições para os consumidores, com entradas e parcelas mais acessíveis.
No entanto, com o voto de Toffoli, seguido pelo ministro Cristiano Zanin, os cartórios voltariam a ter primazia no processo de retomada extrajudicial de veículos, o que pode representar um retrocesso, especialmente considerando que, desde 2024, os Detrans vêm avançando em portarias para a realização de processos mais eficazes e eficientes.
A decisão de Toffoli foi contrária à expectativa dos bancos, que estavam ansiosos para que o Detran se tornasse uma concorrência efetiva para o processo. Agora, os especialistas questionam a medida e esperam que haja uma revisão da decisão para que o processo de retomada extrajudicial de veículos possa ser mais eficiente e benéfico para todos os envolvidos.
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