Decisão do STF e Nova Direção da ANS: O que Muda para Quem Tem Plano de Saúde?
No começo de outubro, dois eventos importantes ocorreram que podem significar melhorias nas condições de contratação e manutenção de planos de saúde para os usuários. O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para proibir reajustes de mensalidade com base na idade para beneficiários com 60 anos ou mais. Além disso, o novo diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Wadih Damous, anunciou que vai exigir explicações das operadoras sobre a escassez na oferta de planos individuais.
No Brasil, são 52,2 milhões de beneficiários de planos de saúde. A decisão do STF pode significar uma melhora significativa para esses usuários, pois proíbe reajustes por faixa etária a partir dos 60 anos, inclusive em contratos antigos. Isso significa que as operadoras deverão devolver valores cobrados a mais, caso a decisão seja consolidada.
Decisão do STF: O que Significa?
A discussão no STF girou em torno de definir se o Estatuto do Idoso (Lei 10.741/2003) pode valer para contratos firmados antes de sua promulgação. A maioria formou placar de 7 a 2, entendendo que sim, a norma é de ordem pública e tem caráter protetivo. Assim, cláusulas que permitam reajustes por idade a partir dos 60 anos devem ser declaradas nulas, mesmo nos contratos antigos.
Os advogados argumentam que em contratos de planos de saúde, os efeitos futuros devem observar normas protetivas que entram em vigor, particularmente para casos de discriminação etária. A decisão do STF pode estabilizar a mensalidade após os 60 anos e cláusulas que previam aumento automático com base na idade deixam de ser aplicadas.
Nova Direção da ANS: O que Muda?
Enquanto o STF decide sobre os reajustes etários, a ANS pode começar a tratar de outro nó: por que tantas operadoras deixaram de comercializar planos de saúde individuais. O novo diretor-presidente da ANS cobrou transparência das operadoras e disse que, se necessário, a agência imporá regulação mais restritiva.
A ANS também pode questionar reajustes “fura-teto” nos contratos individuais, prática denunciada como abusiva. Isso pode significar uma melhora para os consumidores, que atualmente acabam indo para planos coletivos empresariais, chamados de “falsos coletivos”, ou por adesão, que têm regras mais flexíveis para reajustes e cancelamentos.
- Decisão do STF: proíbe reajustes por faixa etária a partir dos 60 anos, inclusive em contratos antigos.
- Nova direção da ANS: exige transparência das operadoras e pode impor regulação mais restritiva.
- Pode significar uma melhora para os consumidores, que atualmente acabam indo para planos coletivos empresariais.
Em resumo, as decisões do STF e a nova direção da ANS podem significar melhorias nas condições de contratação e manutenção de planos de saúde para os usuários. É importante acompanhar esses desenvolvimentos para entender como eles podem afetar os planos de saúde no Brasil.
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