Brasil sobe para 14ª posição entre países com maior presença do crime organizado
O Brasil subiu da 22ª para a 14ª colocação no Índice Global de Crime Organizado 2025, divulgado pela Iniciativa Global contra o Crime Organizado Transnacional (GI-TOC). Isso reflete o avanço das facções criminosas e o enfraquecimento da capacidade estatal de enfrentamento.
O levantamento avalia 193 nações com base em dois critérios: o nível de criminalidade e a resiliência institucional para combater o problema. Embora o Brasil tenha melhorado ligeiramente na resiliência institucional, passando da 94ª para a 86ª posição, continua enquadrado na categoria de países com alta criminalidade e baixa resistência.
Redes criminosas e influência sobre o Estado
Segundo o relatório, o país sofre com redes criminosas que se infiltram em estruturas do Estado, fenômeno que também ocorre em 80 países analisados. Em muitos casos, essas organizações exercem influência direta sobre forças de segurança, tribunais e governos locais, comprometendo a efetividade das políticas públicas e o controle sobre territórios dominados.
Além disso, o mercado de drogas continua sendo o eixo central do crime transnacional, com destaque para a expansão da cocaína e das drogas sintéticas. A América do Sul, especialmente Brasil, Colômbia e Bolívia, tem papel estratégico na nova rota global da cocaína.
Novas frentes do crime
Os crimes financeiros, cibernéticos e de falsificação também vêm crescendo, áreas que exigem menos risco e oferecem altos lucros. O comércio de produtos falsos, por exemplo, vem se expandindo em meio à inflação global e à desaceleração econômica.
- Crimes financeiros: exigem menos risco e oferecem altos lucros
- Crimes cibernéticos: crescem em meio à expansão da tecnologia
- Crimes de falsificação: se expandem em meio à inflação global e à desaceleração econômica
A GI-TOC conclui que o avanço do crime organizado no Brasil e em outras economias emergentes reflete uma erosão da confiança nas instituições públicas e a falta de estratégias coordenadas de segurança e combate à corrupção.
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