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A Tecnologia e Sua Saúde: Um Relacionamento Complexo

É comum passarmos horas conectados à internet, seja para trabalho, lazer ou simplesmente para navegar nas redes sociais. No entanto, um estudo recente da Escola Brasileira de Medicina do Estilo de Vida (MEVBrasil) revela que essa hiperconectividade digital está reorganizando nossa saúde física, mental e financeira de maneiras significativas.

Em média, um brasileiro passa cerca de 9 horas e 32 minutos por dia conectado à internet. Isso não é apenas um hábito, mas sim um comportamento que está sendo moldado por elementos como algoritmos opacos, rolagem infinita, recompensas variáveis e notificações incessantes. Esses fatores constroem um ambiente altamente estimulante que ativa o sistema de recompensa dopaminérgico no cérebro, levando a comportamentos repetitivos e dificuldade de desconexão.

Impactos na Saúde

Os efeitos da hiperconectividade digital já podem ser medidos. De acordo com o estudo, 1 em cada 20 adultos brasileiros apresenta sinais compatíveis com dependência de internet, enquanto 10,9 milhões são considerados apostadores de risco. Além disso, crianças e adolescentes estão dormindo pior e se concentrando menos, enquanto adultos relatam mais ansiedade, irritabilidade e dificuldade de foco.

A multitarefa digital, celebrada por anos, também se revela problemática, reduzindo a produtividade, aumentando lapsos de atenção e fragmentando o pensamento. A economia do vício, que depende de tempo de atenção, dados e recorrência, é outro fenômeno crescente, onde as plataformas digitais lucram com a distração e o vício dos usuários.

Proteção e Prevenção

No entanto, não é tudo desespero. Existem caminhos de prevenção e recomendações simples e eficazes para reduzir os efeitos nocivos da hiperconectividade digital. Isso inclui:

  • Estabelecer zonas livres de tela, como quartos e refeições;
  • Reduzir interrupções, desativando notificações não essenciais;
  • Monitorar o tempo de uso de dispositivos;
  • Evitar telas à noite para melhorar o sono;
  • Fazer pausas intencionais a cada 2 horas;
  • Priorizar atividades offline, como exercício físico, leitura e hobbies criativos.

Diante desses achados, é fundamental tomar ação coordenada para evitar que caminhemos para uma geração com menos foco, menos conexão humana e mais sintomas. Com ação, é possível redesenhar o futuro digital e proteger nossa saúde e bem-estar.

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