Natura Frustra Expectativas do Mercado
A Natura, uma das principais varejistas do Brasil, divulgou seus resultados do terceiro trimestre de 2025, que foram considerados fracos pelo mercado. As ações da empresa fecharam em queda de 15,65%, atingindo o valor de R$ 7,76. Isso ocorreu devido à desaceleração do crescimento da empresa, impactada por um ambiente macroeconômico desafiador e pelos ventos contrários da Onda 2.
De acordo com a XP, a Natura enfrentou um trimestre complicado, com dificuldades em ambas as divisões e marcas. O cenário macro pesou sobre o Brasil e a Argentina, enquanto a Onda 2 e o câmbio pressionaram a operação hispânica. O Itaú BBA também avaliou o resultado da Natura como negativo, destacando que a empresa ficou abaixo das já baixas expectativas e deve passar por novas revisões para baixo nas projeções.
Análise dos Resultados
O Ebitda ajustado da Natura foi de R$ 577 milhões, uma queda de 34% em relação ao ano anterior e 10% abaixo da estimativa do BBA. A margem foi 3,5 pontos percentuais menor. O prejuízo foi de R$ 119 milhões, ante uma projeção de lucro de R$ 168 milhões. A geração de caixa permaneceu fraca, com queima de R$ 47 milhões em fluxo de caixa livre.
Os analistas do Itaú BBA destacaram que a venda da Avon International para o fundo Regent, prevista para ser concluída no primeiro trimestre de 2026, reduz riscos estruturais e elimina uma operação deficitária, mas ainda gera incerteza no curto prazo. Caso a transação atrase, a empresa pode precisar de suporte adicional de liquidez.
Perspectivas
Os analistas da XP esperam que a dinâmica desafiadora persista no 4T25, mas com uma leve melhora sequencial. A Natura implementará medidas táticas de eficiência que devem evoluir para iniciativas estruturais, impulsionando ganhos de produtividade. O BBI comenta que o 4º trimestre não parece ser um ponto de virada do ponto de vista do crescimento.
O potencial de valorização das ações da Natura permanece limitado até que a empresa comprove melhora consistente na geração de caixa e avance em marcos estratégicos. O ambiente operacional segue desafiador, e as incertezas de curto prazo continuam pesando sobre o sentimento dos investidores.
- A Natura divulgou resultados fracos do terceiro trimestre de 2025.
- As ações da empresa fecharam em queda de 15,65%.
- A desaceleração do crescimento foi impactada por um ambiente macroeconômico desafiador e pelos ventos contrários da Onda 2.
- A venda da Avon International para o fundo Regent reduz riscos estruturais, mas gera incerteza no curto prazo.
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