Retorno de Lula: Desafios Políticos e Econômicos

Após uma semana dedicada à agenda internacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva retorna ao Palácio do Planalto com a missão de definir o sucessor de Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF) e a sanção do novo Imposto de Renda, aprovado pelo Congresso. Essas decisões serão cruciais para marcar o tom da relação do Planalto com o Senado nas próximas semanas e servirão como termômetro da força política do governo no fim do ano legislativo.

Entre os assessores, a expectativa é que Lula confirme a indicação de Jorge Messias, atual advogado-geral da União, para a vaga de Barroso. No entanto, o presidente ainda precisa garantir votos suficientes na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e no plenário do Senado, além de preservar pontes com aliados importantes.

Além disso, Lula deve sancionar o projeto que corrige a tabela do Imposto de Renda, ampliando a faixa de isenção para rendimentos de até R$ 5 mil mensais. Essa medida é tratada como vitória simbólica para o governo e deve ter um impacto fiscal de cerca de R$ 18 bilhões anuais, compensado pela tributação sobre fundos exclusivos e apostas esportivas.

Desafios e Oportunidades

• A indicação de Jorge Messias para o STF enfrenta resistência de parte da oposição, que o vê como um quadro identificado com o PT.
• A sanção do projeto de Imposto de Renda é vista como uma vitória simbólica para o governo e pode ajudar a neutralizar o desgaste da pauta econômica com o Congresso.
• O governo busca transformar a cerimônia de sanção em um gesto de recomposição da imagem de Lula junto à classe média e de reafirmação do compromisso com o discurso de “ajuste com justiça social”.

Com essas decisões, Lula busca reafirmar sua força política e econômica, além de manter a estabilidade do governo. A sanção do projeto de Imposto de Renda e a indicação de um novo membro para o STF são apenas os primeiros passos em um caminho longo e desafiador.

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