Resumo do Mercado Financeiro

As taxas de juros longas subiram em uma sessão marcada pela aversão global a ativos de risco. Isso ocorreu em meio a receios de uma possível correção intensa no mercado de ações norte-americano, impulsionado recentemente pela euforia em torno da inteligência artificial.

Os índices de ações foram pressionados na Europa e nos Estados Unidos, enquanto o dólar ganhou força ante outras divisas, incluindo o real. A busca por proteção nos Treasuries norte-americanos resultou em uma queda nos rendimentos dos títulos, enquanto no Brasil a aversão ao risco se refletiu na alta das taxas dos DIs, especialmente entre os contratos mais longos.

Principais Pontos do Mercado

• A taxa do DI para janeiro de 2035 atingiu a máxima intradia de 13,670%, em alta de 8 pontos-base ante o ajuste da véspera.
• O dólar à vista oscilou próximo dos R$5,40, com os agentes buscando proteção na moeda norte-americana.
• A curva precificava 99% de probabilidade de manutenção da taxa Selic em 15% ao ano, com a dúvida sobre quando o Banco Central iniciará o ciclo de cortes.
• O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que as taxas de juros terão que cair, pois não é sustentável manter juros altos com a inflação em 4,5%.

O mercado aguarda a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central sobre a Selic, na noite de quarta-feira. A expectativa é que o BC mantenha uma postura conservadora, sem sinalização de corte de juros no curto prazo, de acordo com análise do consultor Sérgio Goldenstein, da Eytse Estratégia.

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