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Sem alternância de governo, é pouco provável o ajuste fiscal necessário, diz Ibiúna

O Brasil em um Ponto de Inflexão

O Brasil está em um momento crítico que pode definir o rumo da economia nos próximos anos. De acordo com André Lion, sócio e CIO da Ibiúna, a eleição presidencial de 2026 será um divisor de águas para a confiança dos investidores e a trajetória dos juros no país.

Lion destaca que a dívida pública vem crescendo estruturalmente em relação ao PIB e, sem uma mudança de rota, o juro estrutural tende a subir. Ele acredita que, sem alternância de poder, é muito pouco provável que o ajuste fiscal necessário seja feito. “Imaginar o presidente Lula, eleito pela quarta vez, tomando essa decisão me parece menos provável”, afirma.

Responsabilidade Fiscal e Previsibilidade

Segundo Lion, o resultado fiscal organizado e os investimentos bem direcionados são os únicos caminhos para o juro estrutural cair. “Não existe mágica. É a cartilha de sempre: responsabilidade fiscal e previsibilidade”, destaca.

Ele também comenta sobre o “ciclo chato” da Bolsa brasileira, lembrando períodos de forte retração de liquidez e como a atual estagnação é semelhante a outros momentos difíceis. No entanto, o cenário externo favorável pode ser o gatilho de uma retomada gradual.

Cenário Internacional e Mercado Brasileiro

Na avaliação do gestor, o movimento recente da Bolsa brasileira tem origem principalmente no exterior. “Na minha opinião, 99% desse movimento é reflexo do cenário internacional”, afirma. Ele lembra que, desde 2008, os Estados Unidos viveram um ciclo prolongado de juros baixos e crescimento acelerado, o que atraiu fluxos maciços de capital.

Com o Federal Reserve (FED) iniciando um processo de corte de juros, parte desse dinheiro começa a migrar para outros mercados, incluindo o Brasil. Lion cita que o EWZ — índice que representa o mercado brasileiro em dólar — está próximo da mínima histórica em relação ao EMXC, que reúne emergentes fora da China. “Não foi o Brasil que andou, foi o mundo todo. A gente foi junto”, conclui.

  • Ajuste fiscal necessário para controlar a dívida pública e reduzir o juro estrutural.
  • Importância da responsabilidade fiscal e previsibilidade para a estabilidade econômica.
  • Influência do cenário internacional no mercado brasileiro e a possibilidade de retomada gradual.

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