Trade do Fed: O Motor dos Mercados Brasileiros
O cenário econômico brasileiro tem sido influenciado por vários fatores, incluindo a eleição de 2026 e o ambiente global. No entanto, segundo Rodrigo Azevedo, sócio da Ibiuna Investimentos, o principal motor dos mercados brasileiros no curto prazo é o cenário externo, não a disputa eleitoral.
Azevedo afirma que a percepção de que a corrida presidencial se tornou competitiva só se consolidou neste ano, após a queda expressiva da aprovação do governo Lula no primeiro trimestre. Isso mudou a visão dos investidores, que agora trabalham com um cenário 50 a 50 para a eleição de 2026.
No entanto, o gestor destaca que o ambiente global é dominado pelo processo de relaxamento monetário do Federal Reserve, que injeta liquidez em dólar e sustenta ativos de risco. Isso é o que está guiando os mercados brasileiros, e não a eleição.
Como o Fed Influencia os Mercados
O Federal Reserve tem um papel fundamental no cenário econômico global. Quando o Fed corta juros, isso geralmente leva a uma série de reações nos mercados, incluindo:
- Compra de bolsa: com juros mais baixos, os investidores tendem a buscar ativos de risco, como ações.
- Aplicação em juro curto: os investidores também tendem a aplicar em juros curtos, que oferecem retornos mais altos em um ambiente de taxas de juros mais baixas.
- Venda de dólar: com a liquidez injetada pelo Fed, o dólar tende a se desvalorizar em relação a outras moedas.
- Compra de ouro: o ouro é um ativo de refúgio que tende a se valorizar em um ambiente de incerteza econômica.
Azevedo destaca que a Ibiuna tem se beneficiado de posições aplicadas em juros curtos em diferentes países, além de apostas vendidas em dólar e pequenas alocações em metais preciosos.
No Brasil, a visão é construtiva, mas com posições reduzidas. Azevedo afirma que não é possível estar short em Brasil, pois uma mudança no quadro eleitoral pode alterar totalmente as probabilidades. Por outro lado, não é possível ter posição muito grande sem visibilidade, por isso a exposição é limitada.
O gestor acrescenta que apenas a partir do segundo trimestre de 2026 será possível formar apostas mais informadas sobre a eleição. Até lá, o tema dominante para os mercados seguirá sendo a política monetária global.
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