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Brasil amplia foco no trigo argentino após Milei zerar imposto e pressiona preços

Brasil Aumenta Compras de Trigo Argentino Após Redução de Imposto

O governo brasileiro está aumentando suas compras de trigo argentino após a decisão do governo de Javier Milei de zerar o imposto de exportação de grãos e derivados na Argentina. Essa medida é mais um fator de pressão sobre os preços pagos aos agricultores no Brasil, segundo especialistas e integrantes do setor.

A Argentina é o maior exportador de trigo para o Brasil e já dominava o mercado brasileiro em 2025. De janeiro a agosto, o volume importado da Argentina somou 3,66 milhões de toneladas, de um total de 4,68 milhões de toneladas de todas as origens. O volume importado da Argentina pelo Brasil cresceu 24% em relação ao mesmo período do ano passado.

Com a redução do imposto, a tendência é que as compras da Argentina aumentem em detrimento de outros países. Isso deve ter um impacto negativo sobre os produtores nacionais de trigo, pois os preços têm ficado próximos à paridade de importação. A medida de isenção de imposto também tem impulsionado compras de soja argentina pela China.

Os principais motivos para o aumento das compras de trigo argentino incluem:

  • Preços mais baixos: O trigo argentino é atualmente o mais barato, o que está impulsionando as compras.
  • Redução do imposto: A zerar do imposto de exportação de trigo na Argentina tornou o produto ainda mais atraente para os compradores brasileiros.
  • Pressão sobre os preços nacionais: A medida está pressionando os preços internos no Brasil, que já estavam afetados pelas cotações globais e pela perda de força do dólar frente ao real.

Os preços do trigo no Paraná recuaram mais de 9% no acumulado do mês, para R$1.275/tonelada. Os especialistas alertam que o setor está mais focado na safra nova, que deve ser grande se o clima continuar favorável, o que exige cautela diante da possibilidade de novas quedas nos preços.

O desastre para o agricultor brasileiro é que a medida argentina adiciona mais pressão sobre o mercado justamente em momento de colheita. A expectativa é que a safra brasileira tenha um bom potencial produtivo, mas o clima foi mais favorável em 2025.

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