A Mansão de R$ 36 Milhões de Vorcaro
Em tempos de grande influência política, o banqueiro Daniel Vorcaro era conhecido por promover jantares exclusivos em sua mansão avaliada em R$ 36 milhões, localizada no Lago Sul, uma área nobre de Brasília. Esses encontros eram frequentados por autoridades, líderes partidários e figuras proeminentes da política nacional.
Um dos encontros mais notórios ocorreu no último trimestre do ano passado, quando o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, esteve presente. Moraes participou do jantar sem a companhia de sua esposa, Viviane Barci de Moraes, e teve a oportunidade de conversar com políticos influentes do Centrão, deputados, ex-ministros e o anfitrião, Vorcaro.
A mansão, que ocupa dois dos quatro lotes de um condomínio fechado no Lago Sul, é um imóvel impressionante, com 1,7 mil metros quadrados de área construída e 4,3 mil metros quadrados de área privativa. O projeto foi assinado em 2012 pelo escritório Studio Hub e se tornou conhecido nos bastidores de Brasília como um ponto de encontros reservados entre Vorcaro e figuras de destaque da política nacional.
Alguns dos visitantes notáveis incluem o senador Ciro Nogueira e o deputado Hugo Motta. Até recentemente, Vorcaro afirmava ser apenas inquilino do imóvel, mas dados da Receita Federal indicam ligações entre Vorcaro e a Super Empreendimentos e Participações S.A., empresa formalmente proprietária do imóvel, o que contraria versões anteriores apresentadas pelo banqueiro.
Entre as investigações que envolvem Vorcaro, está a Operação Compliance Zero, que investiga a emissão de títulos de crédito considerados falsos por instituições do Sistema Financeiro Nacional. Vorcaro foi preso em novembro pela Polícia Federal e, após sua libertação, está impedido de realizar operações financeiras e usa uma tornozeleira eletrônica.
- As investigações começaram em 2024, a partir de uma requisição do Ministério Público Federal.
- A suposta fabricação de carteiras de crédito sem lastro técnico adequado é um dos focos das investigações.
- Os investigados podem responder por gestão fraudulenta, gestão temerária e organização criminosa.
Esses eventos destacam a complexidade das relações entre o mundo financeiro e a política, e como figuras proeminentes podem se envolver em situações questionáveis.
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