Simandou: O Projeto que Dita Rumos do Minério de Ferro

O megaprojeto de mineração Simandou, na Guiné, está demitindo milhares de trabalhadores no momento em que começa a exportar minério de ferro após décadas de atrasos e escândalos de corrupção. O projeto, promovido pelo governo militar como um símbolo da transformação econômica do país, foi lançado oficialmente em novembro com pompa e feriado público.

A Guiné é o maior exportador mundial de bauxita, usada na fabricação de alumínio, mas sua riqueza em mineração não conseguiu transformar a vida de muitos de seus habitantes. De acordo com dados do Banco Mundial, mais da metade da população vive na pobreza.

Demissões em Massa

O emprego em Simandou atingiu o pico de mais de 60.000 postos de trabalho em 2024 e 2025, mas agora está sendo reduzido drasticamente. Menos de 15.000 pessoas serão necessárias para administrar as minas, os portos e a ferrovia de 670 quilômetros construída especialmente para permitir a exportação do projeto sem litoral.

As fontes disseram que o corte de empregos já havia começado, com 8.000 dos 10.000 trabalhadores perdendo seus empregos nos últimos três meses em Dantilia, um centro na região de Faranah. Em Kamara, parte do mesmo distrito, cerca de 1.500 trabalhadores já foram demitidos.

• Redução da força de trabalho: 60.000 para menos de 15.000
• Demissões em Dantilia: 8.000 dos 10.000 trabalhadores
• Demissões em Kamara: 1.500 trabalhadores

Riscos e Preocupações

As fontes disseram que a redução da equipe poderia elevar o risco de acidentes, bem como de agitação social. O diretor administrativo da Rio Tinto-Simfer, Chris Aitchison, expressou preocupação com os riscos gerados pela perda repentina de empregos.

O governo militar da Guiné apresentou o “Simandou 2040” como uma estratégia de 15 anos para transformar o país em uma economia diversificada, com base em investimentos em agricultura, educação, transporte, tecnologia, finanças e saúde para toda a população.

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