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Bolsa brasileira entrou claramente em “bull market”, diz Santander; entenda por quê

Bolsa Brasileira em “Bull Market”: Entenda o Porquê

A estrategista Aline Cardoso, do Santander, afirma que a bolsa brasileira entrou claramente em território de “bull market”. Isso ocorre após a forte queda e o noticiário de 5 de dezembro de 2026, onde o Ibovespa já recuperou cerca de metade dos pontos que havia perdido naquele dia.

Um dos sinais mais claros de um verdadeiro “bull market” é quando surpresas negativas provocam apenas correções leves, pois os compradores entram rapidamente para aproveitar qualquer fraqueza dos preços. Além disso, em períodos “bullish”, os investidores tendem a olhar além das manchetes negativas, o que limita as quedas e sustenta um ambiente favorável ao risco.

Rotação Setorial e Mercados Globais

A rotação setorial foi um tema claro na semana passada. Nos EUA, os investidores continuaram a reduzir exposição a empresas de tecnologia de alto crescimento e ligadas à IA, redirecionando capital para setores mais tradicionais e de valor. Esse movimento foi impulsionado por notícias ligadas a fundamentos, como a perspectiva pessimista da Oracle, que reacendeu preocupações sobre uma possível “bolha da IA”.

Setores orientados para valor e cíclicos tiveram desempenho superior nos mercados globais na semana passada. O Brasil, frequentemente visto como uma oportunidade de valor dentro dos mercados emergentes, tende a se beneficiar dessa mudança na preferência dos investidores.

Notícias Macroeconômicas e Decisões dos Bancos Centrais

Notícias macroeconômicas também impulsionaram grande parte da ação do mercado nesta semana, especialmente decisões dos bancos centrais dos EUA e do Brasil. A política do Federal Reserve (Fed) foi o centro das atenções, com um corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros. O mercado reagiu positivamente, com os investidores aliviados ao ver que o Fed ainda prevê alguns cortes de juros em 2026.

No Brasil, o Banco Central (BCB) manteve a taxa Selic em 15,0% pela quarta reunião consecutiva, preservando sua postura restritiva, mas suavizando a linguagem sobre a política monetária e o mercado de trabalho.

  • O cenário inflacionário no Brasil se tornou mais favorável, com a projeção para o segundo trimestre de 2027 caindo para 3,2%.
  • O Fed começará a comprar títulos do Tesouro dos EUA de curto prazo, com um plano inicial de adquirir cerca de US$ 40 bilhões em títulos por mês.

Essa mudança deve ser favorável para os ativos de mercados emergentes e brasileiros, pois a expansão do balanço do Fed tende a enfraquecer o dólar e incentivar os investidores a rotacionar para ativos de maior risco.

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