As ações da XP Inc (BDR: XPBR31) registram fortes ganhos nesta quinta-feira (28). Na Nasdaq, os ativos XP saltaram 8,68%, a US$ 18,58; já os BDRs (ativos da B3 de empresas listadas no exterior) XPB31 avançaram 8,34%, a R$ 100,67.
O forte movimento ocorre por uma série de fatores. O primeiro é o dia de ganhos expressivos para a Bolsa brasileira, em um cenário de queda de juros vista como iminente nos EUA – o que beneficia o mercado nacional – além do noticiário político que beneficia a alta da Bolsa.
Pesquisa Atlas/Bloomberg mostrou disputa acirrada na corrida presidencial entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
“Isso motivou o mercado… é o rali da eleição começando”, afirmou o analista de investimentos Gabriel Mollo, da Daycoval Corretora. “Toda a pesquisa que o governador Tarcísio aparecer na frente, o mercado deve responder aí com uma alta, já que ele se tornar presidente tende a fazer uma política econômica mais próxima do que o mercado deseja.”
O ânimo do mercado beneficia ações de empresas como a XP, dada a visão de interesse mais forte dos investidores institucionais e de pessoas físicas no mercado de renda variável, impulsionando os números da corretora.
Cabe destacar ainda que, nesta quinta, o JPMorgan atualizou seu modelo para as ações da XP, mantendo recomendação overweight (exposição acima da média, equivalente à compra). Os ativos negociados na Nasdaq tiveram o preço-alvo elevado de US$ 23 para o fim de 2025 para US$ 26 ao fim de 2026; já para os ativos XPBR31 passaram de R$ 137 para R$ 148.
Para 2025, o JPMorgan apontou a estimativa de lucro da XP em 2%, para R$ 5,244 bilhões. Para 2026, mante a estimativa de lucro praticamente inalterada em R$ 5,826 bilhões. “Agora, estamos 2% acima do consenso da Bloomberg para 2025 e 2026 (com 13 estimativas)”, avaliou.
Por fim, o mercado fica de olho nas movimentações de grandes fundos após a deflagração da Operação Carbono Oculto nesta quinta-feira. O mercado monitora de perto o efeito sobre a Reag Investimentos, que foi alvo de busca e apreensão, administra cerca de R$ 300 bilhões em ativos sob custódia (AUC) e está sob investigação. O sentimento do mercado é de que parte desses recursos pode ir para a XP, principalmente no segmento de Wealth.
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