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Volta do protecionismo, meio-ambiente e mais: veja o que trava o acordo Mercosul-UE

Acordo Mercosul-UE: O que Trava o Acordo Comercial

O acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia (UE) está sendo adiado para janeiro de 2026. A Cúpula do Mercosul, marcada para o próximo sábado (20), em Foz do Iguaçu (PR), era considerada o “Dia D” para destravar o acordo, mas a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, informou a líderes do bloco que a assinatura do acordo seria adiada.

As negociações entre o Mercosul e a União Europeia começaram em 1999, foram interrompidas em 2004 e retomadas em 2010. Em junho de 2019, houve a primeira assinatura do acordo, mas o processo de ratificação nos parlamentos de todos os países do grupo foi atrasado devido a vários obstáculos, incluindo incêndios florestais e a pandemia.

Pressões por Todos os Lados

O governo brasileiro pressionava pela assinatura do acordo neste sábado, enquanto a França e a Itália pressionavam o parlamento da União Europeia para proteger os produtos agrícolas, que poderiam sofrer com a concorrência brasileira. A Comissão Europeia queria que o pacto, que criaria a maior zona de livre comércio do mundo, fosse firmado nesta semana.

Os debates sobre o tema foram retomados nesta quinta, durante reunião do Conselho Europeu, em Bruxelas, que segue até esta sexta (19). O especialista em comércio exterior Jackson Campos destaca que o grande trunfo da união entre os blocos está no aumento da oferta e da qualidade dos produtos.

Setores Beneficiados

Os setores que podem ser beneficiados com o acordo incluem:

  • Setor automotivo: pode haver uma queda nos preços de veículos importados e, simultaneamente, facilitar o acesso de fabricantes brasileiros a componentes europeus de ponta.
  • Agronegócio: pode haver ganhos substanciais em setores como carnes de suínos e aves, açúcar e frutas e vegetais.
  • Setor de saúde: a redução de tarifas para equipamentos médicos e medicamentos de alta tecnologia pode baratear tratamentos e modernizar o sistema de saúde brasileiro.

Além disso, o acordo pode funcionar como um incentivo para a concorrência ampliada e uma cascata de impactos difíceis de mensurar, incluindo a criação de novas empresas e a abertura de novos mercados.

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