Virada Política na Argentina Reacende Interesse de Gestores Globais
O cenário econômico da América Latina tem chamado a atenção de investidores internacionais, com a Argentina sendo um dos principais gatilhos dessa mudança de percepção. De acordo com André Lion, sócio e CIO da Ibiúna Investimentos, a virada política e as reformas econômicas em curso na Argentina trouxeram um novo olhar para a região, forçando os gestores globais a reavaliar suas posições.
Entre os principais pontos que têm atraído o interesse dos investidores, podemos destacar:
- A reconfiguração da América Latina após a guinada de governos para a direita, com a Argentina como catalisadora desse movimento.
- O retorno de grandes fundos internacionais ao Brasil para se aproximar da realidade política e econômica do país.
- A melhoria na percepção global sobre o risco político da região, com os investidores vendo países na América Latina fazendo a migração da esquerda para a direita.
Além disso, a política monetária global também tem um papel importante nesse cenário. O Federal Reserve (Fed) já iniciou um ciclo de cortes de juros nos Estados Unidos, movimento que tende a injetar liquidez no mundo e beneficiar os ativos de risco, incluindo os emergentes. O Banco Central brasileiro deve seguir o mesmo caminho no primeiro trimestre de 2026, iniciando um ciclo de queda da Selic após um longo período de juros elevados.
Para o investidor estrangeiro, o risco político voltará a ganhar peso no segundo semestre de 2025, quando o ciclo eleitoral brasileiro começar a influenciar as expectativas. No entanto, até lá, pesquisas e intenções de voto ainda são consideradas ruído. A Argentina, mesmo fora dos grandes índices, atua como um sinal de alerta — e oportunidade — para os mercados, criando um efeito dominó de reposicionamento nos fundos globais, que agora voltam os olhos para o Brasil como o próximo destino natural de capital estrangeiro.
Em resumo, a virada política na Argentina reacendeu o interesse de gestores globais pela região, com o Brasil sendo um dos principais destinos de capital estrangeiro. A combinação de fatores políticos e econômicos, somada à política monetária global, tem criado um cenário construtivo para os próximos meses.
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