A primeira edição da Nomos Traders League (NTL), realizada nos dias 25, 27, 29 de agosto e 5 de setembro de 2025, reuniu mais de 2.000 inscritos de diversas regiões do Brasil — e até do exterior. Com etapas eliminatórias online e uma final presencial na sede da Nomos na Faria Lima, em São Paulo, o campeonato entregou não só uma disputa técnica acirrada, mas também uma experiência de alto nível para os finalistas.

Mesmo atuando fora do mercado financeiro, os dois finalistas — o dentista Rodolfo Poletine e o engenheiro civil CLT Fábio Moutinho — mostraram que dedicação e técnica podem levar qualquer trader amador ao pódio.  

A competição provou que não é preciso ser profissional para competir de igual para igual — e viver momentos únicos, como embarcar de helicóptero para assistir a um jogo da NFL, no camarote da XP, ao lado de grandes nomes do mercado financeiro.

Em entrevista ao InfoMoney, os dois finalistas compartilharam os bastidores da disputa e os aprendizados que levarão para a vida.

“Valeu a pena não ter desistido”

Rodolfo Poletine, campeão da competição, começou sua trajetória no mercado financeiro pelo Forex. “Faz algum tempo que eu já estudo esse mercado. Comecei a acompanhar mais a B3 por volta da metade do ano. Eu vinha do Forex, e aí a partir do momento que você começa a entrar nesse mundo, começam a aparecer as oportunidades. Me inscrevi no campeonato e graças a Deus deu tudo certo”, conta.

Grafista convicto, Rodolfo usou análise técnica clássica com foco em padrões de candle, médias móveis e Fibonacci. “Eu sou da análise gráfica, sou um grafista como o pessoal fala. Eu desenho muita coisa no gráfico. Basicamente analiso só o gráfico, não vejo fluxo, volume, essas coisas eu não acompanho muito não”, explicou.

Durante o campeonato, operou mini-índice, mini-dólar e bitcoin futuro, com destaque para o mini-índice e o futuro de Bitcoin. “Foram os que mais me deram lucro ali na hora”, contou.

Sobre a final presencial, Rodolfo destacou que o impacto emocional durou pouco. “Na hora da operação, eu não vi diferença nenhuma, porque é o trader e o computador. Tirando um pouco da ansiedade de estar todo mundo olhando, depois de uns 5 minutos você se acostuma”, relata.

Mesmo conciliando a profissão de dentista com o mercado, a experiência o transformou. “Tudo se encaixou. Valeu a pena não ter desistido e ter continuado. Me dá um gás absurdo para continuar”, reconhece.

“Operei do banco do carro”

Fábio Moutinho, vice-campeão da NTL e engenheiro civil, contou que entrou no campeonato após um período de drawdown. “Tive dois meses difíceis, saí de alguns grupos e fui para o simulador. Resolvi participar até para testar de fato a técnica”, lembra.

Fábio se baseou no Price Action com a essência da técnica de Oliver Vélez, como as barras de ignição em regiões de interesse. “Utilizo muito Price Action, suporte e resistência, e vou formulando meu jeito de operar”, explica.

Mesmo com acesso aos três ativos, o foco principal foi o índice futuro. “A ênfase foi no mini-índice, estou tentando me especializar neste ativo. No entanto, operei todos os ativos em todas as etapas. No dia da final também”, revelou.

Durante a competição, Moutinho chegou a operar do carro, pelo notebook, para não perder o melhor horário de entrada. “Teve uma operação que eu fiz no banco do carro. Abri o notebook no trânsito para não perder o horário ótimo de operação, que considero das 9h às 11h30. Foi arriscado”, recorda.

A disciplina foi essencial. “A taxa de acerto ficou muito alta, nos 80%. Não tive dia de fúria. Se erro a primeira operação e erro a segunda eu paro. Sinal de que o meu operacional não está alinhado com o mercado”, reflete.

Uma noite de NFL

Após a final, os dois finalistas embarcaram direto da sede da Nomos para a Neo Química Arena, onde assistiram ao jogo da NFL entre Los Angeles Chargers x Kansas City Chiefs do camarote da XP, acompanhados de executivos da XP, como o CEO Thiago Maffra e o fundador Guilherme Benchimol.

“Foi uma sensação sem igual. A Nomos proporcionou uma experiência única. Tivemos uma troca com o Thiago Maffra no helicóptero, o Daniel Braga e a Bruna nos receberam super bem. Acredito que deveria ter muito mais evento desse tipo para os traders”, relatou Fábio.

“Para um trader, acho que não tem melhor. Fiquei muito feliz. Quando você participa de um campeonato como esse e tem o privilégio de conhecer toda essa estrutura, sente que não está sozinho. Aquilo ali pulsa”, reforçou Rodolfo.

Uma jornada que pode ser sua

Fábio acredita que a iniciativa foi certeira. “Foi uma tacada de mestre da Nomos. Estava faltando isso no mercado brasileiro. Esse tipo de evento é muito importante”, avalia.

Para quem pensa em participar de uma próxima edição, os dois finalistas reforçam a importância de estar preparado. “Se você tem sua técnica validada, se apegue a ela. Se tomou dois stops e seu plano é parar, então pare. Foi assim que eu operei, como se eu estivesse na conta real”, aconselha Fábio.

Já Rodolfo finaliza com uma mensagem mais profunda. “A mudança vem de dentro. O psicológico é tudo. Depois vem a técnica. Você precisa se conhecer como trader. A fé, a perseverança e a constância são o que te levam longe”, reflete.

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O que vem por aí?

O sucesso da primeira edição da Nomos Traders League é só o começo. Daniel Braga, diretor de trading da Nomos, já sinalizou que novos campeonatos deverão ser realizados. “A expectativa é de que as próximas edições tragam experiências ainda mais inovadoras, surpreendentes e com formatos diferenciados, reforçando o compromisso da Nomos com a valorização do trader”, projeta.

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