Plano para a Faixa de Gaza: Tony Blair no Comando Temporário
O ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair está sendo considerado para liderar uma administração provisória na Faixa de Gaza, de acordo com relatos da BBC e do The Guardian. A ideia, que tem o apoio do presidente americano Donald Trump, prevê a criação de uma estrutura internacional com mandato da ONU para governar o território até a transição para o controle palestino.
A proposta inclui a formação de uma Autoridade Internacional de Transição de Gaza (Gita), composta por líderes internacionais, representantes da ONU, delegados de países árabes e possivelmente uma figura palestina de perfil técnico ou empresarial. O modelo busca inspiração em experiências anteriores, como as missões que conduziram Kosovo e Timor-Leste ao status de Estados independentes.
Divergências e Resistência
No entanto, a presença de Blair desperta resistência entre palestinos, que o associam à Guerra do Iraque de 2003, quando ele apoiou os Estados Unidos na invasão que desestabilizou a região. Seu gabinete já declarou que o político não aceitaria liderar um projeto que implicasse deslocamento forçado da população de Gaza.
As negociações avançam em paralelo a outras propostas internacionais para a reconstrução do território. Em julho, França e Arábia Saudita apresentaram à ONU um plano alternativo, que previa administração sob supervisão da Autoridade Palestina, mas foi rejeitado por EUA e Israel.
Pressão Diplomática
A pressão diplomática está aumentando, com Reino Unido, França, Canadá e Austrália reconhecendo formalmente o Estado da Palestina, reforçando os apelos por uma solução de dois Estados. No entanto, Washington e Tel Aviv classificaram a medida como uma “recompensa ao Hamas”.
Alguns pontos-chave sobre o plano incluem:
- Criação de uma estrutura internacional com mandato da ONU para governar a Faixa de Gaza.
- Formação de uma Autoridade Internacional de Transição de Gaza (Gita) com líderes internacionais e representantes da ONU.
- Resistência entre palestinos devido à associação de Blair com a Guerra do Iraque de 2003.
É importante notar que o plano ainda está em discussão e enfrenta desafios significativos, incluindo a resistência entre palestinos e a oposição de EUA e Israel a propostas alternativas.
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