Transformação Digital e o Crescimento do Crime

A transformação digital tem mudado radicalmente a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos. No entanto, essa revolução também trouxe um lado negativo: o crescimento do crime digital. Segundo o Fórum de Segurança Pública, a cada minuto, quatro brasileiros se tornam vítimas de fraudes digitais.

Os números são alarmantes. No primeiro semestre de 2025, os indícios de fraudes financeiras somaram 1,3 milhão de registros, uma alta de 12% em relação ao mesmo período de 2024. As chamadas “contas laranja” lideram o avanço, crescendo 38% na comparação anual, seguidas pela engenharia social, com alta de 29,5%.

• Contas laranja: abertas com documentos falsos ou emprestadas por terceiros para receber recursos ilícitos.
• Engenharia social: uso de técnicas de manipulação para obter informações confidenciais ou realizar transações não autorizadas.
• Fraudes transacionais: operações não reconhecidas em cartões ou Pix.

Para se proteger, é fundamental ter conhecimento sobre como funcionam os sistemas financeiros e tecnológicos. A educação financeira e tecnológica são aliadas essenciais na prevenção de fraudes. Além disso, é importante monitorar contas e empréstimos, não compartilhar senhas ou tokens e desconfiar de propostas de “dinheiro fácil” pela internet.

Medidas de Prevenção

O setor bancário está investindo bilhões em tecnologia para fortalecer a segurança dos clientes e melhorar a fluidez dos serviços. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) prevê que as instituições devem investir R$ 48 bilhões em tecnologia neste ano.

Além disso, o Mecanismo Especial de Devolução (MED) ganhará novas funções em dezembro, permitindo que cidadãos bloqueiem preventivamente a abertura de contas em seu nome. Em fevereiro de 2026, a versão MED 2.0 deverá ampliar a recuperação de valores em casos de fraude.

Para se proteger, é importante:

• Nunca aceitar propostas de abrir ou ceder contas e documentos em troca de dinheiro.
• Não compartilhar senhas, códigos de SMS ou tokens.
• Desconfiar de anúncios em redes sociais oferecendo pagamentos fáceis pelo uso da conta.
• Usar o Registrato do Banco Central para monitorar contas e empréstimos no seu nome.

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