Trabalhadores por Aplicativos: Rendimentos e Desafios
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os trabalhadores que atuam por meio de aplicativos tiveram um rendimento médio mensal de R$ 2.996 em 2024, superando os não plataformizados em 4,2%. No entanto, esses trabalhadores também enfrentam jornadas mais longas, com uma média de 44,8 horas semanais, contra 39,3 horas dos não plataformizados.
Os dados também mostram que, apesar de terem renda maior, os trabalhadores por aplicativos recebem menos por hora, com R$ 15,4, em comparação com os não plataformizados, que recebem R$ 16,8 por hora. Isso significa que os trabalhadores por aplicativos precisam trabalhar mais para superar os não plataformizados.
- Os trabalhadores por aplicativos mais comuns são motoristas e motociclistas, que utilizam plataformas como Uber, 99, Rappi e iFood.
- Os motoristas de aplicativos têm um rendimento médio mensal de R$ 2.766, superando os não plataformizados em R$ 341.
- Os motociclistas por aplicativos têm um rendimento médio mensal de R$ 2.119, 28,2% maior que os não plataformizados.
Além disso, os trabalhadores por aplicativos enfrentam problemas como informalidade e falta de contribuição para a previdência. De acordo com o IBGE, 71,7% dos trabalhadores por aplicativos estão na informalidade, contra 43,8% dos não plataformizados. Além disso, apenas 35,9% dos trabalhadores por aplicativos contribuem para a previdência, contra 61,9% dos não plataformizados.
A discussão sobre o vínculo empregatício entre os trabalhadores por aplicativos e as plataformas digitais é um tema importante e está sendo julgado no Supremo Tribunal Federal (STF). Os representantes das categorias que trabalham para aplicativos buscam o reconhecimento de vínculo empregatício para evitar a precarização do trabalho.
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