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Tijolo de um lado, papel do outro: os 8 FIIs recomendados para setembro

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Agosto foi marcado pelo início das tarifas de Donald Trump, pelas tentativas do Brasil de responder a essas medidas e pela divulgação de indicadores locais. Nesse ambiente, o Ifix – índice que reúne os fundos imobiliários mais negociados da Bolsa – conseguiu navegar bem e fechou o mês com valorização de 1,16%.

Para setembro, a atenção do mercado se volta às decisões de política monetária nos Estados Unidos e no Brasil. A expectativa é de queda de juros na maior economia do mundo e manutenção por aqui. No entanto, parte do mercado aposta que a Selic pode começar a cair em 2026.

As recomendações dos portfólios de FIIs de setembro já refletem esse cenário: metade dos fundos sugeridos são FIIs de papel, que investem em títulos de crédito imobiliário, e a outra metade são FIIs de tijolo, que aplicam diretamente em imóveis.

Segundo o Itaú BBA, os fundos de papel indexados à inflação são “boas opções para compor um portfólio robusto e diversificado, assim como aqueles indexados ao CDI, que tendem a continuar distribuindo proventos altos, já que a Selic deve ser mantida no patamar de 15% a.a. até o fim do ano”.

Mas caso ocorra mesmo o fim do ciclo de aperto monetário no Brasil no próximo ano, os fundos que investem em ativos reais podem se beneficiar, segundo o banco.

Confira abaixo a lista dos 8 FIIs recomendados para agosto. Para fazer o compilado final de fundos, o InfoMoney leva em consideração apenas os FIIs que apareceram em pelo menos 4 carteiras diferentes.

Ticker/Categoria Recomendações Perfomance (30 dias)
KNCR11 6 -0,26%
BTLG11 6 0,51%
BRCO11 5 1,13%
MCCI11 4 1,91%
HSML11 4 0,24%
RBRR11 4 -0,80%
TRXF11 4 -1,47%
KNHF11 4 -1,87%
Fontes: Toro, Daycoval, Empiricus, BTG Pactual, XP, Terra Investimentos, Itaú BBA, BB Investimentos e Genial.

KNCR11

Segundo o BTG Pactual, o KNCR11 tem grande representatividade no segmento de recebíveis e tem uma excelente liquidez, “sendo um dos mais negociados de toda a indústria”. Além disso, tem uma carteira formada com o viés de carrego, estruturação própria e alocação em ao menos 50% de todas as operações da carteira, “permitindo ao fundo aprovar qualquer tema relevante aos créditos em assembleia de devedores”.

BTLG11

De acordo com o Itaú BBA, um dos pontos positivos deste fundo é a qualidade técnica dos imóveis e a localização, já que “32% da receita está dentro do raio de 30 km do centro da cidade de São Paulo e cerca de 72% considerando a extensão até os 60 km da capital”. Além disso, o BTLG11 tem boa diversificação de locatários, segundo a casa, como Assaí, grupo DHL e Unilever.

BRCO11

Alguns dos pontos positivos desse FII, segundo a Toro, são a presença de um portfólio diversificado de 12 galpões logísticos; contratos de longo prazo, com cerca de 74% vencendo após 2027; taxa de ocupação de 96%; e locatários como grandes empresas, a exemplo de Natura, Mercado Livre e Whirlpool.

MCCI11

A equipe da XP disse que indica o MCCI11 por ter excelente equipe de gestão; carteira de crédito de baixo risco com garantias robustas; carrego atrativo, com dividend yield (taxa de retorno só com dividendos) anualizado de 13,9%; rentabilidade implícita de IPCA + 11,5% ao ano; e, por fim, um bom preço, com desconto de 7,0% sobre a cota patrimonial.

HSML11

O HSML11, segundo o BTG Pactual, tem portfólios de imóveis localizados em regiões maduras e resilientes e baixo nível de inadimplência. Além disso, tem participação majoritária nos ativos, oferece possibilidade de ganhos adicionais através da alienação de ativos e apresenta boa liquidez.

RBRR11

O fundo tem bastante liquidez e pouca volatilidade, segundo o BB Investimentos. Conta ainda com portfólio diversificado, boas garantias e bom carrego. Por fim, segundo a casa, o produto financeiro também tem uma reserva que pode ser usada em momentos de deflação do IPCA.

TRXF11

Segundo a Terra Investimentos, o TRXF11 tem uma gestão que fica a procura de investimentos voltados ao setor de varejo. Um dos seus objetivos é “obter quaisquer direitos reais sobre bens imóveis, relativos a edifícios e empreendimentos corporativos, comerciais, industriais, varejistas ou logísticos construídos ou a serem construídos, para locação com contratos na modalidade atípica (built to suit) ou modalidade típica”.

KNHF11

O fundo tem uma carteira diversificada, com CRIs, ativos diretos, FIIs e ações, e tem boas estruturas de garantias, segundo o Itaú BBA. “Considerando a diversificação da carteira e a relação de risco e retorno do fundo, avaliamos que o KNHF11 é uma opção de investimento interessante”.

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