Os Caminhos da Brado para Garantir Novos Destinos para o Algodão
A produção de algodão no Brasil está prevista para crescer 5,7% em relação a 2024, alcançando 3,9 milhões de toneladas neste ano. No entanto, o mapa das exportações está passando por uma mudança significativa, com a China reduzindo suas compras e outros importadores emergindo como principais destinos.
De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), os embarques para a China caíram 65% de janeiro a agosto deste ano. Já o Vietnã reduziu suas compras de algodão brasileiro em 40%. Por outro lado, a Turquia, o Paquistão e o Bangladesh aumentaram suas importações em 82%, 79% e 36%, respectivamente.
Esses novos mercados exigem a fumigação com brometo de metila, um método de controle de pragas restrito no Brasil, mas permitido com finalidade fitossanitária internacional. A Brado, braço de contêineres da Rumo, está reforçando o controle sanitário das caixas de metal usadas para transportar a fibra e ampliou a capacidade de brometo de metila de 28 para 75 contêineres em seu terminal multimodal de Rondonópolis (MT).
Além disso, a empresa fez melhorias de infraestrutura no terminal, como a instalação de docas pneumáticas e pontes rolantes, e a aquisição de empilhadeiras elétricas. Em parceria com a MRS, a Brado também está praticando novas rotas de exportação, viabilizadas pelo hub logístico no terminal de Sumaré (SP), eliminando etapas rodoviárias e facilitando o pico de escoamento da safra de algodão.
- Aumento da capacidade de brometo de metila para atender à demanda dos novos mercados;
- Melhorias de infraestrutura no terminal de Rondonópolis (MT);
- Parceria com a MRS para novas rotas de exportação;
- Eliminação de etapas rodoviárias e facilitação do pico de escoamento da safra de algodão.
Segundo a executiva de vendas Mayra Antunes Coelho, as iniciativas da Brado colaboram para o índice de 98% de pontualidade nas entregas em Santos e para os 20% de participação no escoamento do algodão do Mato Grosso. “O algodão brasileiro passa por uma transição importante de mercados, e a logística precisa acompanhar esse movimento. Investimos para assegurar fluidez ao sistema, reforçando a competitividade da pluma nos principais destinos”, explica.
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