Tesouro Reprova Empréstimo de R$ 20 Bilhões aos Correios
O Tesouro Nacional reprovou o empréstimo de R$ 20 bilhões aos Correios, coordenado por cinco bancos, devido aos juros excessivos pedidos. A operação, aprovada pelo Conselho de Administração dos Correios, previa juros de 136% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI), acima do limite de 120% de CDI estabelecido para operações de crédito com garantia da União de dez anos.
A decisão foi comunicada ao presidente dos Correios, Emmanoel Rondon, em reunião no Ministério da Fazenda. Com a reprovação, o Tesouro não poderá fornecer as garantias da União, que cobririam uma eventual inadimplência dos Correios e eliminariam o risco para as instituições financeiras.
Os Correios e os bancos podem negociar uma taxa de até 120% do CDI. A estatal também tem a opção de esperar um aporte direto do Tesouro Nacional para cobrir parcialmente o prejuízo, que chega a R$ 6,05 bilhões de janeiro a setembro deste ano.
Negociações e Reestruturação
Os Correios confirmaram a reprovação do empréstimo e informaram que trabalham pelo saneamento da companhia em parceria com diversos ministérios. A Diretoria Executiva segue trabalhando na avaliação de alternativas para reforçar a liquidez imediata dos Correios e assegurar a recuperação financeira da estatal.
Desde outubro, os Correios negociam com bancos o empréstimo de R$ 20 bilhões para reestruturar a empresa. Em troca do dinheiro, a estatal terá de cumprir uma série de contrapartidas para garantir a sustentabilidade financeira e a modernização dos serviços.
- Plano de reestruturação apresentado em novembro, prevendo um programa de demissão voluntária e o fechamento de 1 mil agências.
- Venda de R$ 1,5 bilhão em imóveis.
- Empréstimo de R$ 20 bilhões seria usado para quitar uma dívida de R$ 1,8 bilhão da estatal, quitar débitos com fornecedores, modernizar o serviço de encomendas e encontrar novas fontes de receitas.
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