Tesouro IPCA+ paga mais de 8% mesmo após alívio global, com impasse no Orçamento
Os juros reais dos títulos públicos brasileiros continuam próximos das máximas de 2025, mesmo com a melhora do humor nos mercados globais. A taxa do Tesouro IPCA+ 2029 operava em 8,06% ao ano, um pouco abaixo do recorde anual de 8,09% atingido na véspera.
O movimento reflete a cautela dos investidores com a situação fiscal doméstica, após o impasse no Orçamento de 2026 e o vazio de arrecadação deixado pela queda da medida provisória 1.303. Essa medida buscava elevar receitas via tributação de aplicações financeiras, o que não se concretizou.
Os investidores continuam atentos às possibilidades de redução de juros no país e no exterior, além de acompanhar de perto os próximos passos da política fiscal. Isso é refletido nas taxas do Tesouro Direto, que mantêm o foco no quadro fiscal doméstico.
Principais pontos
- A taxa do Tesouro IPCA+ 2029 operava em 8,06% ao ano, um pouco abaixo do recorde anual de 8,09% atingido na véspera.
- O impasse no Orçamento de 2026 e o vazio de arrecadação deixado pela queda da medida provisória 1.303 contribuem para a cautela dos investidores.
- Os investidores continuam atentos às possibilidades de redução de juros no país e no exterior, além de acompanhar de perto os próximos passos da política fiscal.
No exterior, o dia é de recuperação dos mercados, com as bolsas de Nova York operando em alta após resultados positivos de bancos e fabricantes de chips. No Brasil, o Ibovespa subia 0,65%, a 142.604 pontos, embalado pelo cenário externo.
As taxas do Tesouro Direto nesta quarta-feira (15) são as seguintes:
- Tesouro Selic 2028: SELIC + 0,0491%
- Tesouro Selic 2031: SELIC + 0,104%
- Tesouro Prefixado 2028: 13,34%
- Tesouro IPCA+ 2029: IPCA + 8,06%
Este conteúdo pode conter links de compra.
Fonte: link