Resumo das Taxas dos DIs após Decisão do Copom

As taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) fecharam a quinta-feira com leves altas em relação aos ajustes da véspera, após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manter a Selic em 15% ao ano e reiterar a intenção de manter a taxa básica em patamar elevado por um “período bastante prolongado”.

Os principais pontos a destacar incluem:

• A taxa do DI para janeiro de 2027 fechou em 13,88%, com alta de 4 pontos-base em relação ao ajuste anterior.
• A taxa do DI para janeiro de 2035 marcou 13,62%, com elevação de 3 pontos-base.
• O comunicado do Copom manteve o tom “hawkish” (duro com a inflação), o que diminui as chances de um corte da Selic já em dezembro.
• A curva brasileira precificava 96% de probabilidade de manutenção da Selic em 15% em dezembro.

Os analistas continuam divididos sobre quando o Copom iniciará o processo de cortes da Selic, com algumas projeções apontando para janeiro de 2026 e outras para março do mesmo ano. O consultor Sérgio Goldenstein, da Eytse Estratégia, manteve sua projeção para janeiro, mas reconheceu uma “probabilidade relevante” de que isso ocorra só em março.

As taxas dos DIs de curto prazo exibiram ganhos desde o início da sessão, com o mercado se ajustando ante a perspectiva de Selic estável até janeiro ou mesmo até depois disso. Já as taxas longas sustentaram leves baixas durante boa parte da sessão, mas se recuperaram à tarde e passaram a registrar leves ganhos.

Em meio a esses movimentos, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou que o desempenho fiscal do país irá “explodir” em 2027, reforçando que o Orçamento do ano que vem vai prever um superávit nas contas públicas.

No exterior, os rendimentos dos Treasuries seguiam em baixa no fim da tarde, com o rendimento do Treasury de dez anos caindo 6 pontos-base, a 4,093%.

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