Taxas dos DIs Avançam com Cenário Eleitoral e Ata do Copom no Foco
As taxas dos Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam a terça-feira em alta, refletindo os ajustes anteriores, enquanto o mercado avaliava o resultado de uma nova pesquisa eleitoral para a presidência e digeria a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). A taxa do DI para janeiro de 2028 subiu para 13,06%, uma alta de 9 pontos-base em relação ao ajuste anterior de 12,967%. Já a taxa para janeiro de 2035 alcançou 13,48%, com uma elevação de 11 pontos-base em relação ao ajuste de 13,371%.
Uma pesquisa eleitoral recente divulgada pela Genial/Quaest mostrou o senador Flávio Bolsonaro (PL) mais bem posicionado para enfrentar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no primeiro turno da eleição de 2026. No entanto, Lula aparece vitorioso em todos os cenários de segundo turno, com 46% dos votos contra 36% de Flávio Bolsonaro.
A ata do Copom, publicada pela manhã, reconheceu melhorias na conjuntura econômica, mas não o suficiente para iniciar uma discussão sobre o início do ciclo de corte de juros. O Banco Central (BC) melhorou o tom de sua avaliação em relação ao encontro de novembro, apontando uma diminuição da inflação corrente e uma redução nas expectativas de mercado para os preços.
Os principais pontos da ata do Copom incluem:
- A redução nas expectativas de mercado para os preços;
- A manutenção do trecho que avalia que ambientes com expectativas desancoradas elevam o custo da desinflação;
- A retirada da menção feita em novembro de que a desancoragem das expectativas de inflação é um fator de desconforto comum a todos os membros do Comitê.
Os economistas do BMG e da XP mantiveram seus cenários de início do ciclo de cortes de juros em março, com previsão de seis cortes consecutivos de 50 pontos-base. O mercado agora se volta para a divulgação do Relatório de Política Monetária do BC, que sai na quinta-feira, com entrevista coletiva do presidente do BC, Gabriel Galípolo.
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