STJ Julga Ação que Pode Afetar Construção em Áreas de Restinga no Litoral Brasileiro
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) está prestes a julgar um recurso que pode ter implicações significativas para a construção em áreas de restinga ao longo do litoral brasileiro. A ação, originada em Santa Catarina, busca determinar se toda a vegetação de restinga deve ser considerada Área de Preservação Permanente (APP) no Brasil.
Até o momento, o Código Florestal, estabelecido pela Lei Federal n. 12.651/2012, define que as áreas de APP incluem restingas que desempenham um papel crucial na fixação de dunas ou na estabilização de mangues. No entanto, a ação em questão pode levar a uma interpretação mais ampla do que constitui uma APP, potencialmente afetando cerca de 741 mil hectares de área no litoral brasileiro.
A decisão do STJ terá impacto direto sobre projetos de construção e desenvolvimento em regiões costeiras, onde a restinga é um ecossistema predominante. A restinga, um tipo de vegetação adaptada às condições áridas e salinas das praias e dunas, desempenha um papel vital na proteção contra erosão, na manutenção da biodiversidade e na regulação do clima local.
- A proteção das áreas de restinga como APPs ajudaria a preservar a biodiversidade e a beleza natural do litoral brasileiro.
- A expansão das áreas consideradas APPs poderia limitar o crescimento urbano e a construção em regiões costeiras, impactando o setor imobiliário e a economia local.
- A decisão do STJ também pode influenciar políticas ambientais e de conservação em outros ecossistemas brasileiros, refletindo a importância de um equilíbrio entre desenvolvimento e preservação ambiental.
A julgamento da ação pelo STJ é aguardado com grande interesse por ambientalistas, desenvolvedores imobiliários e comunidades locais, pois a decisão final terá implicações de longo prazo para a conservação do meio ambiente e o desenvolvimento sustentável no litoral brasileiro.
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