Sistema Cantareira: Entendendo o Nível de Restrição

O Sistema Cantareira, principal fonte de abastecimento de água da região metropolitana de São Paulo, está prestes a entrar em um nível de “restrição” a partir de 1º de outubro, o que não ocorria desde janeiro de 2022. Essa medida foi anunciada pela Agência Nacional de Águas (ANA) e visa preservar o manancial.

Conhecido como “Faixa 4”, o nível de restrição limita a captação máxima de água permitida pela empresa de saneamento Sabesp a 23 metros cúbicos por segundo, uma redução em relação aos 27 m³/s autorizados em setembro, quando as medidas de preservação estavam na Faixa 3 – Alerta.

• A redução no volume de água captada visa garantir a sustentabilidade do Sistema Cantareira.
• A Agência de Águas do Estado de São Paulo (SP Águas) e a ANA já haviam reduzido em 13% o volume autorizado de retirada de água pela Sabesp em agosto.
• O Sistema Cantareira registrou um nível de armazenamento de água de 29,42% de seu volume útil, de acordo com a ANA.

Como medida de mitigação, a Sabesp poderá utilizar a vazão transposta no reservatório de Jaguari para o reservatório de Atibainha, com a vazão total limitada a 33 m³/s. O Sistema Cantareira é fundamental para o abastecimento de cerca de metade da população da região metropolitana de São Paulo e contribui para o atendimento de usos múltiplos da água.

O protocolo de preservação do Cantareira foi criado durante a crise hídrica de 2014 e 2015 e tem cinco faixas, sendo a última acionada quando o volume do reservatório fica abaixo de 20%. Nesse nível, o volume máximo de captação de água pela Sabesp é de 15,5 metros cúbicos por segundo.

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