Descoberta de Proteína no Cérebro pode Prever Alzheimer Anos antes dos Sintomas

Um estudo recente realizado por pesquisadores da Universidade Internacional da Flórida, nos Estados Unidos, identificou uma proteína no cérebro que pode ser um sinal de alerta para o início do Alzheimer muito antes do surgimento dos sintomas. A pesquisa, publicada na Acta Neuropathologica, oferece novas pistas sobre o desenvolvimento da doença e abre caminho para diagnósticos mais precoces.

Os cientistas observaram níveis elevados da proteína TSPO em camundongos com apenas seis semanas de idade, o que equivale a cerca de 18 a 20 anos humanos. Esse aumento ocorreu na região do cérebro ligada à memória, chamada subículo. Além disso, a equipe analisou tecidos cerebrais de pessoas com uma mutação genética que provoca Alzheimer precoce e encontrou o mesmo padrão de TSPO em tecido cerebral humano coletado post-mortem.

Implicações para o Diagnóstico e Tratamento

A neuroinflamação é um evento precoce no Alzheimer que influencia seu início. Se pudermos usar a TSPO para detectá-la precocemente, logo nos estágios iniciais da doença, isso pode significar retardar a progressão ou atrasar os sintomas em cinco ou seis anos. Isso pode proporcionar uma melhor qualidade de vida para os pacientes.

O estudo mostrou que o aumento da proteína ocorre principalmente em células de defesa do cérebro chamadas microglia, que entram em ação ao redor das placas de beta-amiloide. Em vez de remover as placas, essas células acabam produzindo mais TSPO, mantendo a inflamação ativa.

• A pesquisa pode ajudar a entender melhor a doença e orientar pesquisas sobre prevenção e tratamento.
• O estudo focou em casos genéticos de início precoce, que representam uma minoria.
• Os achados podem contribuir para o desenvolvimento de novas abordagens para o diagnóstico e tratamento do Alzheimer.

Um dos maiores desafios do Alzheimer é que ele é visto como uma doença de idosos, o que atrasa o diagnóstico. O objetivo é identificar sinais precoces para agir antes que a pessoa fique muito doente. Com essa descoberta, os pesquisadores esperam contribuir para a prevenção e tratamento da doença, proporcionando uma melhor qualidade de vida para os pacientes.

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