O Impacto Econômico do Dia de los Muertos no México
O Dia de los Muertos, celebrado no México no dia 1° de novembro, é uma das principais datas culturais do país, reunindo milhares de pessoas em avenidas como o Paseo de la Reforma, na Cidade do México. A ocasião é marcada por desfiles, flores laranja de cempasúchil, motivos pré-hispânicos, fantasias com plumas e figuras da cultura popular.
Além de sua profunda simbologia e ligação à memória dos entes queridos, a comemoração tem um impacto econômico crescente. Segundo levantamento da Concanaco-Servytur, a edição de 2025 deve gerar cerca de 49,5 bilhões de pesos em atividade comercial no país, um crescimento de 9,2% em relação ao ano anterior.
O valor equivale a quase R$ 14,5 bilhões, demonstrando a importância da festa para a economia mexicana. Além do turismo, que já representa cerca de 9% do PIB mexicano e sustenta 4,5 milhões de empregos diretos, a festa dinamiza setores como floricultura, gastronomia tradicional, comércio de fantasias e decoração, e serviços de hospedagem e transporte.
Tradição e Economia
A origem do Dia de los Muertos remete a um sincretismo entre rituais indígenas de colheita e culto aos ancestrais, e as celebrações católicas de Todos os Santos e Finados. A figura da Catrina, criada pelo gravurista mexicano José Guadalupe Posada e posteriormente nomeada por Diego Rivera, satirizava a elite mexicana que abandonava suas raízes indígenas.
Hoje, o evento ganha projeção global e exporta imagem e turismo. Pesquisas indicam que o gasto médio das famílias mexicanas com a celebração varia entre 1.100 e 1.500 pesos, e que os preços de velas, flores e decoração saltaram até 30% recentemente.
Alguns dos setores que mais se beneficiam do Dia de los Muertos incluem:
- Floricultura: especialmente o cultivo da cempasúchil, considerada “a flor dos mortos”;
 - Gastronomia tradicional: com pratos típicos como o mole e o tamales;
 - Comércio de fantasias e decoração: com vendas de fantasias, máscaras e decorações;
 - Serviços de hospedagem e transporte: com aumento da demanda por hotéis, restaurantes e serviços de transporte.
 
No entanto, há alertas como a mudança climática que ameaça a produção da flor cempasúchil, que já registrou perdas de até 50% nas plantações em 2025, o que compromete parte importante da cadeia econômica da festa.
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