Compra da Emae: Estratégia da Sabesp para Aumentar Segurança Hídrica
A Sabesp, empresa de saneamento, considera a compra da geradora de energia Emae como uma ação estratégica para aumentar a segurança de abastecimento hídrico na região metropolitana de São Paulo. A operação, que soma R$ 1,1 bilhão, é esperada para ser concluída no início de 2026.
A Sabesp anunciou a assinatura de dois acordos para assumir o controle acionário da Emae, um com a Vórtx, agente que representa debenturistas do fundo Phoenix Água e Energia, e outro para comprar ações detidas pela Eletrobras. O diretor financeiro da Sabesp, Daniel Szlak, destacou que a empresa pôde agir rapidamente devido ao estudo prévio dos ativos da Emae.
Os principais benefícios da compra incluem a gestão de recursos hídricos, com a infraestrutura da Emae, como os reservatórios Guarapiranga e Billings, que abastecem parte da água fornecida pela Sabesp na região metropolitana paulista. Além disso, a Emae administra estações elevatórias responsáveis por direcionar água à Billings, proporcionando serviços de controle de enchentes.
- Aumento de 52% na capacidade de armazenamento de água para consumo humano e usos múltiplos na região metropolitana de São Paulo com a integração total do sistema Billings até 2029.
- Expansão do uso do reservatório Billings, atualmente subutilizado, até 2027, com as obras do programa Integra Tietê.
- Receitas estáveis e indexadas à inflação provenientes das usinas hidrelétricas da Emae, que operam no regime de cotas.
A Sabesp não prevê uma expansão dos negócios para o setor elétrico no momento, mas considera benéfica a posse de ativos de energia elétrica como consumidora de energia. A Eletrobras, por sua vez, vendeu suas ações da Emae à Sabesp por R$ 476,5 milhões, como parte de sua estratégia de desinvestir de participações minoritárias em empresas.
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