Rioprevidência e o Aporte no Banco Master: Um Investimento de Risco
O Rioprevidência, fundo de aposentadoria dos servidores estaduais, aplicou R$ 2,6 bilhões em letras financeiras e títulos de renda fixa no Banco Master e sua corretora desde 2023. Essa decisão foi questionada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), que vinha fazendo alertas sobre irregularidades nessas operações há um ano.
De acordo com o presidente do Rioprevidência, Deivis Marcon Antunes, “todo investimento possui riscos, o gerenciamento responsável e constante dele é preponderante para a gestão eficiente”. No entanto, o TCE apontou que o Rioprevidência não seguiu os procedimentos adequados para realizar esses investimentos, o que pode colocar em risco a restituição dos valores aplicados.
Investimentos de Risco e a Garantia do FGC
Os investimentos feitos pelo Rioprevidência no Banco Master incluíram letras financeiras, que não têm a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). O FGC opera como um “seguro” no mercado financeiro e cobre até R$ 250 mil em alguns tipos de investimento. No entanto, a restituição seria apenas de uma parte mínima do total investido.
Além disso, o Rioprevidência também aplicou recursos em fundos administrados pela corretora do grupo, que foram liquidados pelo Banco Central. Um desses aportes foi de R$ 100 milhões no fundo Texas I FIA, que tem 96% da carteira em ações da Ambipar, empresa que está em recuperação judicial e derreteu na bolsa de valores.
Consequências e Investigação
A apuração do TCE começou no ano passado, a partir de denúncia do deputado estadual Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSD). A corte abriu uma investigação para apurar a gestão de aplicações feita pela autarquia, que destinou 25% de todos os recursos aplicados ao grupo Master.
O advogado Francisco Costa e Silva, sócio da Bocater advogados, afirma que o Rioprevidência não tem a garantia de que o dinheiro aplicado será recuperado. Ele explicou que todos os ativos do banco formarão uma massa para o pagamento de credores — e o órgão de previdência será um deles.
- O Rioprevidência aplicou R$ 2,6 bilhões em letras financeiras e títulos de renda fixa no Banco Master e sua corretora.
- O TCE questionou a decisão, apontando irregularidades e riscos para a restituição dos valores aplicados.
- O FGC não cobre os investimentos feitos em letras financeiras, o que coloca em risco a restituição dos valores aplicados.
Em resumo, o Rioprevidência justificou o aporte no Banco Master afirmando que todo investimento possui riscos, mas o TCE e especialistas questionam a decisão, apontando irregularidades e riscos para a restituição dos valores aplicados.
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