Reino Unido, Canadá e Austrália anunciaram formalmente neste domingo (21) o reconhecimento do Estado Palestino, em um movimento coordenado que aumenta a pressão sobre Israel para aliviar a crise humanitária em Gaza. A decisão, que ocorre às vésperas da Assembleia Geral da ONU, coloca esses países em desacordo com o governo Trump, que se opõe à medida e prefere focar na libertação dos reféns mantidos pelo Hamas.Leia tambémReino Unido deve anunciar reconhecimento oficial do Estado Palestino neste domingoDecisão do governo de Keir Starmer marca mudança histórica na política externa britânica e gera reações internacionaisNovos ataques de Israel em Gaza matam ao menos 14 pessoasOs ataques ocorrem em um momento em que os países ocidentais estão cada vez mais insatisfeitos com a intensificação da guerra em GazaA iniciativa também deve contar com o apoio de França e Portugal durante o encontro da ONU, aprofundando o isolamento diplomático do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu. Apesar disso, a ofensiva militar de Israel contra o Hamas segue intensa, com milhares de mortos e grande destruição na Faixa de Gaza, sem sinais de trégua.O primeiro-ministro britânico Keir Starmer, que esperou a visita de Trump ao Reino Unido para anunciar a decisão, condicionou o reconhecimento a avanços em três frentes: resolução da crise humanitária, cessar-fogo com o Hamas e negociações para uma solução de dois Estados. Starmer, ex-advogado de direitos humanos, enfrenta um delicado equilíbrio entre manter boas relações com os EUA e responder à pressão interna por uma postura mais firme em relação a Gaza.Enquanto isso, a escalada do conflito e as imagens de sofrimento dos palestinos têm aumentado a pressão política sobre os governos ocidentais. No Reino Unido, o Partido Trabalhista e a opinião pública cobram ações mais contundentes, embora o governo ainda evite acusações formais de genocídio contra Israel e mantenha algumas vendas de equipamentos militares ao país.A tensão diplomática se reflete também nas sanções britânicas contra ministros do governo Netanyahu e na possibilidade de prisão do premiê caso visite o Reino Unido, conforme leis nacionais e internacionais. Netanyahu reagiu com críticas duras, classificando o reconhecimento palestino como um prêmio ao “terrorismo monstruoso do Hamas” e uma ameaça à segurança regional.
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