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Queixas antigas: como o Pix se tornou motivo de atrito na relação entre Brasil e EUA

Queixas Antigas: O Pix e o Atrito entre Brasil e EUA

O sistema de pagamentos instantâneos Pix, criado pelo Banco Central do Brasil, tem sido um ponto de discórdia na relação entre o Brasil e os Estados Unidos. A ofensiva do governo Trump contra o Pix expôs um incômodo silencioso que há anos colocava o Banco Central do Brasil no radar dos Estados Unidos. Empresas norte-americanas gigantes, como a Mastercard e a Visa, têm suas receitas afetadas pelo popular sistema de pagamentos, visto como um rival estatal em ascensão meteórica.

O duplo papel do Banco Central como operador e regulador do Pix já era questionado inclusive junto a organismos multilaterais. A suspensão do serviço de pagamentos via WhatsApp, da Meta, pouco antes do lançamento do Pix no país, reforçou a percepção entre os norte-americanos de viés na atuação do Banco Central. A insatisfação também teve como pano de fundo um desconforto político diante de esforços sinalizados pelo grupo de nações emergentes Brics para buscar alternativas ao dólar.

  • A Mastercard e a Visa têm sido as principais críticas ao Pix, argumentando que o sistema de pagamentos está sendo favorecido pelo Banco Central.
  • O Banco Central defende seu papel como agente neutro, fornecendo infraestrutura digital pública e permitindo que o mercado se desenvolva de forma mais competitiva.
  • O Pix incluiu mais de 70 milhões de pessoas no sistema financeiro, parte das quais também passaram a usar cartões.

O descontentamento de empresas norte-americanas agora se transformou em ações concretas por parte de uma Casa Branca mais receptiva a argumentos libertários e refratária a regulamentações estrangeiras em setores dominados por empresas norte-americanas. Outros grandes mercados emergentes, como Índia, Tailândia e México, também criaram sistemas semelhantes, mas nenhum deles atingiu o crescimento meteórico do Pix.

O Brasil considera o caminho multilateral uma possível forma de reduzir os custos das transações internacionais, mas por ora acompanha o tema de maneira periférica. O país está de olho em iniciativas como o Nexus, rede que integra sistemas de pagamento instantâneo já existentes por meio de uma infraestrutura de mensageria que viabiliza transferências transfronteiriças mais rápidas e baratas.

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