Queda do Preço do Petróleo e Tensão Comercial: Desafios para o Investidor
A queda inesperada do preço do barril de petróleo tem acendido o sinal de alerta para o orçamento e a arrecadação do Brasil, segundo Caio Megale, economista-chefe da XP. Em entrevista ao Outliers InfoMoney, ele explicou como a desvalorização do preço do barril impacta as receitas da Petrobras, royalties e impostos, ao mesmo tempo em que beneficia o consumo e a inflação global.
Segundo Megale, o preço atual do petróleo, próximo a 65 dólares o barril, está bem abaixo do pico de 130 dólares registrado no auge da guerra na Ucrânia. Isso pode levar a um déficit maior nas contas externas e queda na arrecadação, pois o Brasil arrecada com royalties, concessões e impostos sobre a Petrobras.
Impacto Misto para o País
A redução do preço do petróleo traz efeitos mistos para o país. Por um lado, é positivo para a inflação e para o custo de produção, mas por outro, pode pressionar a execução orçamentária do próximo ano. Além disso, o Brasil se tornou um player relevante no mercado global de petróleo, principalmente após as descobertas do pré-sal.
Outros eventos geopolíticos recentes, como o cessar-fogo entre Israel e Hamas, e a reaproximação parcial entre Estados Unidos e China, também têm impacto nos preços das commodities. A queda do preço do petróleo é boa para o mundo, mas gera alerta para países produtores como o Brasil.
Tensões Comerciais Elevam Risco e Volatilidade Global
A escalada das tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos chineses elevou a média de 2% para cerca de 10%. Segundo Megale, as importações chinesas estão caindo, reduzindo o efeito prático sobre a economia americana. No entanto, a política de tarifas é um risco geopolítico relevante, capaz de gerar pressões inflacionárias e aumento de custos.
- As importações chinesas estão caindo, reduzindo o efeito prático sobre a economia americana.
- A política de tarifas é um risco geopolítico relevante, capaz de gerar pressões inflacionárias e aumento de custos.
- Governos populistas pressionando bancos centrais representam risco maior do que tarifas.
Em resumo, a queda do preço do petróleo e as tensões comerciais desafiam o investidor e podem ter impactos significativos na economia global. É importante monitorar mudanças estruturais no trabalho e políticas de imigração, bem como a independência dos bancos centrais, para prevenir recessão e garantir estabilidade global.
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