Discurso do Premiê da China na ONU: Crítica ao Unilateralismo e à “Lei do Mais Forte”
O premiê da China, Li Qiang, utilizou seu discurso na Assembleia-Geral da ONU para criticar o avanço do unilateralismo e o retorno à “lei do mais forte”. Ele afirmou que o mundo está passando por um “novo período de turbulência” marcado por disputas comerciais, tensões geopolíticas e riscos ambientais.
Li Qiang associou a escalada tarifária imposta pelo governo de Donald Trump a um dos principais fatores para o desaquecimento da economia global. Ele destacou que “quando medidas protecionistas substituem a cooperação, todos perdem”. Além disso, o premiê também afirmou que a mentalidade de Guerra Fria voltou a se manifestar na política internacional, desafiando a ordem construída após a Segunda Guerra.
Entre os pontos principais abordados no discurso, estão:
- A necessidade de cooperação climática e a defesa do Acordo de Paris e da transição para uma economia verde.
- A importância do multilateralismo para proteger os interesses de países grandes e pequenos.
- A defesa de negociações de paz na guerra na Ucrânia e a rejeição de sanções unilaterais.
- A reafirmação da saída para a crise entre Israel e Palestina através da criação de dois Estados com base nas fronteiras de 1967.
O discurso de Li Qiang ocorre em um momento crucial, semanas após o anúncio de novas metas climáticas por Xi Jinping e poucos dias antes da esperada reunião entre Xi e Trump na cúpula da Apec, na Coreia do Sul. Essa reunião deve discutir a guerra comercial que vem deteriorando as relações entre Pequim e Washington.
Em resumo, o discurso do premiê da China na ONU reforçou a postura chinesa em relação aos principais conflitos atuais, defendendo o multilateralismo e a cooperação como fundamentais para superar os desafios globais.
Este conteúdo pode conter links de compra.
Fonte: link